Com campi em diversas cidades além de Niterói, a Universidade Federal Fluminense é uma das instituições que se levantou, em diversas ocasiões, contra o avanço de um projeto ultra conservador no país. Não à toa, a comunidade acadêmica da UFF se uniu em torno do antifascismo e se posicionou, muito recentemente, em defesa da democracia e da educação pública.
O discurso de ódio difundido pela extrema direita reverbera em ações covardes, como a ameaça fascista à instituição, encaminhada por e-mail a alguns servidores, no dia 25 de setembro. De teor racista, machista e homofóbico, a mensagem de teor violento expressa um pensamento que criminaliza movimentos sociais e ativistas.
A Reitoria da UFF acionou a Polícia Federal para investigar o caso, anunciou reforço no esquema de vigilância e segurança nos campi e pediu à comunidade que evite o compartilhamento de mensagens que possam gerar pânico. As aulas e os serviços da universidade permanecem normais, com a recomendação de acionar o setor de segurança caso seja percebida alguma atitude suspeita nos campi.
Leia a íntegra da nota da Reitoria aqui
Em nota, afirmou que "repudia veementemente qualquer tipo de ataque, seja por cor, orientação sexual ou gênero, e aguarda a apuração do caso pelas autoridades responsáveis."
As entidades que representam estudantes, técnicos-administrativos e professores, respectivamente o DCE, Sintuff e Aduff, publicaram nota conjunta condenando as ameaças à instituição.
"Os três segmentos que compõem a UFF vêm a público para repudiar com veemência esta e qualquer outra manifestação de intolerância e de violência contra a nossa comunidade".
Leia a íntegra da nota do DCE, Sintuff e Aduff aqui
Pela Aduff, o diretor Thiago Rodrigues diz que o caso reflete a conjuntura política do país. “A ameaça que a comunidade da UFF recebeu é uma expressão de como a extrema-direita passou a se sentir à vontade, a partir do governo Bolsonaro, para disseminar violência e terror. A nota conjunta dos três setores é uma afirmação da UFF como espaço que não se dobra ao fascismo", enfatizou o docente.
Da Redação da Aduff
