O Grito dos Excluídos completa 29 anos no próximo 7 de setembro, sempre na luta pela "verdadeira Independência" do Brasil, onde as e os excluídos tenham voz e direitos garantidos.

A manifestação deste ano, organizada desde 1995 por setores da Igreja Católica, movimentos sociais e sindicais, levanta bandeiras importantes como o retorno do Brasil ao Mapa da Fome e as dificuldades de acesso da população à água potável.

Em 2022, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 apontou que mais da metade (58,7%) da população brasileira convive com a insegurança alimentar em algum grau: leve, moderado ou grave.

Ainda de acordo com o Ranking do Saneamento Básico de 2023, quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água potável, apesar de o país concentrar a maior reserva de água potável do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

Nas ruas nesta quinta-feira (07), as e os servidores públicos presentes nos Gritos de todo o país também lembrarão à população e aos governantes que sem orçamento público não é possível avançar na elaboração de políticas públicas que garantam e efetivem direitos para o povo brasileiro.

A defesa da recomposição do orçamento dos serviços públicos também critica as políticas fiscais que restringem recursos da saúde, educação e outras áreas  — caso do teto de gastos que vigora desde 2017, elaborado pelo então governo Temer, e do novo arcabouço fiscal, recém-aprovado no Congresso Nacional, proposto pelo governo Lula.