Mar
14
2023

'Abraço' defende Alzira Reis, exige respeito ao SUS e cobra compromisso de não-privatização da gestão

Aduff participou de manifestação que criticou medidas tomadas pela Prefeitura de Niterói em relação à maternidade, expôs incertezas envolvendo convênio com a Ebserh/Huap e defendeu que trabalhadoras e trabalhadores sejam respeitados 

Abraço simbólico à maternidade, em Charitas Abraço simbólico à maternidade, em Charitas / foto: Iasmin/Comunicação Vereador Professor Túlio - gentilmente cedida para publicação

Da Redação da Aduff

Abraço simbólico defendeu a Maternidade Municipal Alzira Reis Vieira, ao final da tarde da segunda-feira, 13 de março de 2023, em Charitas, Niterói (RJ). A atividade reuniu entidades sindicais, trabalhadoras do local e fez parte das manifestações de março referentes ao 8M - Dia de Lutas das Mulheres. 

A unidade de saúde pública, vinculada à Prefeitura de Niterói, está sob ameaça. Convênio firmado com a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), em nome do Hospital Universitário Antonio Pedro, da UFF, recebeu críticas e gerou incertezas.

A 'falta de transparência' em todo o processo e o desrespeito aos fóruns de controle social do Sistema Único de Saúde foram apontados como problemas que alimentam o receio de que, ao final deste processo, o caráter público da maternidade acabe em risco.

A maternidade passa por reformas desde 2021.  De acordo com informações divulgadas pela direção da Alzira Reis, as obras, que deveriam ter sido finalizadas em meados de 2022, atrasaram por conta do descobrimento de ossadas no local que teriam valor histórico e arqueológico.

Com o convênio, a maternidade seria transferida provisoriamente para um andar do Hospital Antonio Pedro. Os atuais trabalhadores e trabalhadoras da unidade temem o que acontecerá com eles: a maioria, contratada por meio do chamado pagamento por RPA, não ficaria mais na unidade e seria demitida. As servidoras e servidores estatutários vão para o Antonio Pedro, porém não sabem o que acontecerá depois.

A Aduff participou do ato, representado pelas professoras Kênia Miranda e Renata Torres Schittino."Garantir os serviços públicos, garantir educação, garantir saúde, garantir maternidade é fundamental"” defendeu Kênia, ao falar no ato.

"Niterói precisa ampliar seu número de leitos  das maternidades, precisa ter mais maternidades. Precisa efetivamente enfrentar o debate sobre essa situação que é de ter um atendimento de qualidade nesse momento, que é um momento de uma mulher que vem ter o seu filho, sua filha e que isso seja feito com qualidade e [de forma] humanizada", prosseguiu.

"Para isso é preciso que a gente tenha um serviço de qualidade, com trabalhadoras e trabalhadores com qualidade, com autonomia, dentro do SUS, sem privatização e sem ingerências", disse, defendendo que tudo seja feito com planejamento e que isso passe por um debate com os trabalhadores e a comunidade. "A diretoria da Aduff, a nossa seção sindical, está aqui junto com vocês e estaremos sempre", concluiu Kênia.

Da Readação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho

 

Abraço simbólico à maternidade, em Charitas Abraço simbólico à maternidade, em Charitas / foto: Iasmin/Comunicação Vereador Professor Túlio - gentilmente cedida para publicação

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