Fev
08
2023

41º Congresso: revogação das contrarreformas, unidade na luta por direitos e contra as opressões pautaram debate de Conjuntura

Os desafios após a eleição do novo governo e a necessidade de continuar a ocupar as ruas na defesa da Educação e dos direitos da classe trabalhadora foram amplamente debatidos pela categoria.

Da Redação do ANDES-SN
*Fotos: Nattércia Damasceno

Na tarde desta segunda-feira (6), as e os mais de 640 docentes iniciaram os debates do 41º Congresso do ANDES-SN. A Plenária de Conjuntura e Movimento Docente avaliou as lutas travadas pelo Sindicato Nacional no último período e a derrota da extrema-direita nas urnas. Os desafios após a eleição do novo governo e a necessidade de continuar a ocupar as ruas na defesa da Educação e dos direitos da classe trabalhadora foram amplamente debatidos pela categoria.

Na abertura da plenária, professores realizaram um ato contra o machismo e o assédio nos espaços do Sindicato Nacional e das universidades, institutos e cefets. Com cartazes e palavras de ordem como “Assediador não quero ser” e “Opressão também explora”, eles atravessaram o Teatro onde acontecem as plenárias do evento.

Antes de abrir para o debate, as autoras e os autores dos doze textos de conjuntura apresentaram suas contribuições. Diversas falas apontaram a importância da unidade da luta da classe trabalhadora no último período para enfrentar a extrema-direita e vencer o bolsonarismo nas urnas. Ressaltaram também ser fundamental que essa unidade se amplie e fortaleça para vencer o projeto bolsonarista nas ruas e avançar nas conquistas de direitos e pela revogação das contrarreformas trabalhista e da previdência.

Foi destacada também a importância da desmilitarização do governo, da punição dos responsáveis pelos atos golpistas de 08 de janeiro, bem como demais ataques aos povos indígenas, população LGBTQIA+, negras e negros. “Sem anistia!”, foi a palavra de ordem entoada durante vários momentos da plenária.

O apoio à luta dos povos originários e a necessidade do Sindicato Nacional intensificar as ações e reflexões sobre o ecossocialismo e em defesa dos povos das águas e das florestas, dos recursos naturais e contra a exploração do Capital também estiveram presentes nas intervenções.

Após as apresentações, foram abertas 30 inscrições. No entanto, apenas 18 falas foram contempladas, antes de encerrar o tempo da plenária previsto na programação aprovada. As delegadas e os delegados deliberaram pela não prorrogação do tempo regimental.

Gustavo Seferian, diretor do ANDES-SN que presidiu a plenária, destacou a qualidade das falas, que as particularidades do Acre, a luta das populações indígenas, em especial a barbárie contra a população yanomami e as questões ambientais, o que Seferian considerou uma particularidade em relação aos debates de conjuntura dos congressos anteriores.

“Temas como a permanência ou não na CSP-Conlutas, as avaliações em relação ao governo recém eleito e as diversas interpretações que existem na categoria em relação a isso também foram pautados, em um debate bastante amistoso e enxuto, pois não foi possível prorrogar a plenária, uma vez que houve o entendimento de que não deveríamos prorrogar o tempo de discussão”, pontuou.

O diretor do Sindicato Nacional destacou ainda as manifestações, públicas, organizadas e espontâneas, envolvendo a questão da luta contra as opressões e o reconhecimento do seu caráter classista, que marcaram essa plenária. “Uma das palavras de ordem da primeira manifestação foi ‘Opressão também explora’ e isso foi uma marca bastante presente nessas ações coletivas, tanto nas organizadas previamente, como aquelas espontâneas diante a falas que geraram algum rechaço por parte do plenário. Foi um debate muito bom, que abre uma ótima jornada de construção de lutas nessa semana”, avaliou.

Além de Gustavo Seferian, compuseram a mesa da plenária as diretoras Sueli Goulart e Andréa Matos e o diretor Edmilson Silva.

41º Congresso do ANDES-SN 


O 41º Congresso do ANDES-SN teve início, nesta segunda-feira (6), em Rio Branco (AC), com o tema central "Em defesa da educação pública e pela garantia de todos os direitos da classe trabalhadora". Até sexta-feira (10), as e os mais de 600 docentes participantes irão debater e deliberar sobre as ações e pautas que orientarão as lutas da categoria no próximo período.

O evento ocorre na Universidade Federal do Acre (Ufac), sob a organização da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (Adufac - Seção Sindical). Pela primeira vez, o congresso do Sindicato Nacional acontece na capital acreana.

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