Da Redação da ADUFF

"Fundamentalismo religioso e Estado laico: por que o nosso futuro está em risco?" foi o tema em discussão no último dia 24, na UFF do Gragoatá. A atividade, organizada pelo Comissão de Mobilização da Universidade Federal Fluminense, contou com a participação dos docentes Lucília Carvalho da Silva (Serviço Social), de Tatiana Poggi (História) e José Antônio Sepúlveda (Educação).   Foi mediada da professora Ana Cristina de Oliveira (Serviço Social). 

De acordo com Lucília Carvalho da Silva, é importante compreender a expansão das igrejas neopentecostais no país a partir de referências da Teologia da Prosperidade e Teologia do Domínio - ainda que dialoguem entre sim e que tenham a marca do advento do neoliberalismo na América Latina, há diferenças entre elas, como explicou a docente.

"A Teologia da Prosperidade chegou no Brasil mais marcadamente na década de 70, ainda que já estivesse presente entre nós. (...) Hoje, esse movimento cristão de base mais totalitarista não trabalha mais com a perspectiva da religião pela via privada. É basicamente um esforço de tornar a religião pública, como acento civil importante. Isso é influência da Teologia do Domínio, que tem que ser mais estudada por nós", advertiu a docente.

Segundo Lucília, a Teologia da Prosperidade credita à fé o gozo de boa saúde e de recursos materiais, que como sacrifício requer do cristão uma contrapartida financeira. "A Teologia do Domínio prevê atuação pública do cristão na Terra. Se dá a partir de uma influência em áreas da realidade civil e pública, como Artes/Entretenimento, Mídia/Comunicação, Família, Religião, Política e Governo, Educação e Ciência. Serão disputadas a partir de uma visão de mundo única, centradas numa interpretação cristã", afirmou.

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Da Redação da ADUFF
Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff