Set
21
2022

Em dia de paralisação nacional de 24h em defesa do piso da categoria, Enfermagem volta para as ruas do Rio

Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua! | Como aconteceu nesta quarta-feira (21), em várias cidades do Brasil, as enfermeiras e enfermeiros do Estado do Rio saíram às ruas na luta em defesa do piso salarial nacional da categoria.

Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua! | Como aconteceu nesta quarta-feira (21), em várias cidades do Brasil, as enfermeiras e enfermeiros do Estado do Rio saíram às ruas na luta em defesa do piso salarial nacional da categoria. O dia foi convocado pelo Fórum Nacional de Enfermagem (FNE) como data de paralisação dos profissionais em todo o país por 24h.

No Rio de Janeiro, aconteceu ato pela manhã no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), no Fundão. À tarde, os trabalhadores realizaram manifestação em frente ao Hospital Badin, na Tijuca.

Em junho, depois de muita luta da categoria, a lei constitucional (garantida pela Emenda 124/22) que estabeleceu o piso para as e os profissionais da enfermagem foi aprovada no Congresso brasileiro, contemplando enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Entretanto, no dia 5 de setembro, data em que entraria em vigor, o piso foi suspenso, em decisão monocrática do Ministro Luís Roberto Barroso. Em 15 de setembro, o plenário do STF manteve a suspensão de Barroso até que sejam analisados os impactos da medida.

Em agosto, os ministros do STF aprovam aumento dos próprios salários. O valor anterior, que era de mais de R$ 39 mil, agora chega aos 46mil reais. “Qual é o impacto do salário deles? É isso que queremos saber”, questionaram as e os manifestantes. Nas ruas, as e os profissionais da saúde frisaram que a luta pelo piso nacional é uma luta por dignidade e garantiram que é a enfermagem que sustenta a saúde no Brasil. Muitos perderam amigos e colegas de trabalho na pandemia enquanto trabalhavam em péssimas condições e ganhando salários baixíssimos.

“Quem está com a enfermagem, buzina!”, pediam aos carros que passavam em frente ao Hospital Badin, recentemente comprado pela Rede D’or – uma das empresas responsáveis pelo pedido de suspensão do piso da enfermagem no STF. “As grandes empresas veem a saúde como mercadoria, como lucro. Não estão nem aí para saúde da população. Só querem ganhar dinheiro em cima do nosso trabalho e pagando péssimos salários”, denunciaram.

 

 

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