DA REDAÇÃO DA ADUFF
Na véspera do Dia da Mulher Indigena, comemorado nesta segunda-feira, 5 de setembro de 2022, mais uma mãe descendente dos primeiros habitantes do Brasil chorou a morte de um filho.
Na madrugada do domingo (4), o adolescente pataxó identificado como Gustavo Conceição da Silva, de apenas 14 anos, foi brutalmente assassinado por pistoleiros em Prado, no extremo sul da Bahia. Outro jovem foi ferido, porém a reportagem não conseguiu ainda obter informações sobre o seu estado de saúde.O ataque aconteceu em área próxima a Barra do Cahy, no Território Indígena (TI) Comexatibá, no município de Prado. Segundo informações divulgadas pelas entidades ligadas aos povos indígenas, os pistoleiros estavam armados com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo.
A Apib (Associação dos Povos Indígenas do Brasil) e a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) divyulgaram nota na qual exigem justiça e o fim do genocídio dos povos indígenas. “Este ataque não é isolado, mas faz parte de uma série de atentados que têm se intensificado com o estímulo de Bolsonaro às milícias que têm se organizado na região, a exemplo dos recentes conflitos no T.I. Barra Velha, vizinho ao Comexatibá", diz trecho do documento.
A nota afirma que a população local apontou o envolvimento de policiais na milícia que age criminosamente nestas áreas, "articulados com fazendeiros bolsonaristas que têm realizado manifestações contra os indígenas e espalhando notícias falsas”.
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho
