As mulheres voltaram às ruas e disseram que "vidas negras importam" e que "mais mulheres negras" precisam estar no poder. Posições defendidas em discursos, faixas e cartazes levados à VIII Marcha das Mulheres Negras no Rio de Janeiro.

A manifestação percorreu parte da Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio, na manhã e início da tarde de domingo, dia 31 de julho de 2022. Retomou, assim, ao formato presencial, após dois anos de eventos virtuais em decorrência da pandemia da covid-19.

A VIII Marcha das Mulheres Negras levou às ruas o tema 'Pela vida, direitos, dignidade e por uma sociedade justa e antirracista. Mais mulheres negras no poder!'.

O ato ocorreu numa semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha - 25 de julho. No Brasil, a data também faz homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”. Ela viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê.

As manifestações, também realizadas em outros estados e cidades e em variadas datas, defenderam as pautas das mulheres negras contra a desigualdade, o preconceito e a violência. 

A VIII Marcha aconteceu numa semana marcada por uma série de crimes de feminicídio no Estado do Rio e no país. A mulher negra é a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram 62% das 1.341 vítimas de feminicídio em 2021 no país.

Realidade que a Marcha das Mulheres Negras busca mudar e transformar, assim como combater a desigualdade social e a retirada de direitos.

Da Redação da Aduff