Abr
07
2022

No Dia Mundial da Saúde, trabalhadores vão às ruas no Rio em defesa do SUS e de melhores condições de trabalho

Ato se concentrou às 11h, em frente à Secretaria Estadual de Saúde e Ministério da Saúde, e caminhou até a Cinelândia

Lutar em defesa do SUS 100% público e estatal é lutar pela valorização dos profissionais de saúde. É lutar por uma rede hospitalar com insumos e leitos para atender a população. É lutar contra as precarizações e privatizações via Ebserh, OS’s e pela realização de concursos públicos. É lutar por lazer, por educação e moradia para o povo, numa aposta na medicina preventiva. Lutar por saúde é garantir que haja orçamento para o Sistema Único de Saúde e reafirmar que os serviços e os servidores públicos não devem ser tratados como gasto, mas como investimento e direitos garantidos pela Constituição brasileira.

Foi esse o recado de profissionais de saúde e usuários do SUS nesta quinta-feira (07), Dia Mundial da Saúde, em manifestação realizada no Centro do Rio. No ato que se concentrou em frente à Secretaria Estadual de Saúde e no Ministério da Saúde, na Rua México 138, os movimentos de saúde e usuários realizaram um minuto de silêncio pelos 660 mil mortos pela covid-19 no Brasil e ressaltaram que não fosse a dedicação de tantos trabalhadores, a situação teria sido muito pior.

Os profissionais frisaram as péssimas condições de trabalho com jornadas de trabalho exaustivas, os salários baixos e a falta de equipamento de proteção individual. E pautaram a luta por um plano de cargos e salários, por uma jornada de trabalho justa (30h semanal) e por um piso salarial digno. “Ô Bolsonaro, seu genocida, trabalhadores estão na luta pela vida”, cantaram enquanto seguiam em direção à Cinelândia – onde já estava o Bloco Loucura Suburbana, formado por usuários, familiares e profissionais da saúde mental do Instituto Municipal Nise da Silveira.

Na manifestação, trabalhadores da saúde e usuários do SUS também manifestaram solidariedade aos garis, em greve na cidade pela recomposição de seus salários e melhores condições de trabalho. Presente no ato, o 2° secretário da Regional Rio do Andes-SN, Markos Klemz destacou a luta em defesa dos serviços públicos como um dos motes deste 7 de Abril.

“O Andes-SN, como um sindicato classista, sempre incluiu o Dia Mundial da Saúde no seu calendário de lutas porque a gente entende que a saúde que interessa à classe trabalhadora é a saúde pública. No caso do Brasil, isso se exprime na defesa do SUS, na defesa da produção do conhecimento nas universidades e, em particular, de uma saúde unida à produção de conhecimento e gerida de maneira pública. Por isso, nesse momento em que os servidores públicos como um todo estão numa campanha unificada em defesa da prestação do serviço público de qualidade para a população - e num momento também em que mais localmente a gente está se opondo à entrega do complexo hospitalar da UFRJ para Ebserh - esse Dia Mundial da Saúde tem um significado especial. Dizemos sim, em defesa dos serviços públicos, e não à entrega do complexo hospitalar da UFRJ ao governo Bolsonaro, a uma empresa pública de direito privado atualmente presidida por um general bolsonarista”, destacou o professor da UFRRJ.  

Da Redação da Aduff 

 

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