A cidade do Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira (29) com os trabalhadores da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) e os motoristas de ônibus em greve.  Os garis reivindicam melhores condições de trabalho, um reajuste de 25% nos salários, a reativação dos serviços de assistência à saúde, cortados com a mudança no plano de saúde e a readmissão dos garis demitidos por perseguição política.

Os motoristas de ônibus também reivindicam reajuste salarial e na cesta básica e denunciam o sucateamento e a redução da frota de ônibus na cidade, que gera sobrecarga de trabalho e adoecimento. Na manhã desta terça (29), os motoristas dos articulados do BRT também pararam em peso.

Em comum, além das pautas por reajuste e melhores condições de trabalho, ambos movimentos paredistas foram considerados ilegais pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), que estabeleceu multa diária de 200 mil reais para os sindicatos, caso as e os trabalhadores continuem com a paralisação.

Em nota, os representantes dos rodoviários criticaram que "o Judiciário atendeu ao pedido dos patrões para impedir a greve". A Aduff-SSind apoia a luta das e dos trabalhadores da Conlurb e dos ônibus e reforça a crítica contra medidas anti-sindicais e antigrevistas de Eduardo Paes e da Justiça, que criminalizam a luta das categorias.

“A greve dos trabalhadores garis não é contra a população da cidade do Rio de Janeiro, mas sim para superar a intransigência do prefeito e da Conlurb que se negam em garantir melhores salários e condições de vida”, afirma Bruno da Rosa, gari que integra a Executiva Estadual da CSP-Conlutas RJ.

Enquanto empresas e município se recusam a negociar com as e os trabalhadores, quem mais sofre é a população, que se vê em condições degradantes no transporte público e em meio ao lixo. Uma audiência de conciliação com os motoristas e as empresas de ônibus está marcada para o dia 4 de abril.