Fev
18
2022

Ato de servidores em Brasília por negociação e reajuste repudia 1 mês sem resposta de Bolsonaro

Manifestação ocorreu em frente ao Ministério da Economia e fez parte do calendário conjunto de mobilização do funcionalismo, que teve propostas de datas redefinidas

 

Ato em frente ao Ministério da Economia, no dia 18 de fevereiro: protesto exige abertura de negociações e denuncia 'intransigência' de Bolsonaro Ato em frente ao Ministério da Economia, no dia 18 de fevereiro: protesto exige abertura de negociações e denuncia 'intransigência' de Bolsonaro / Valcir Araujo - em cobertura conjunta para Aduff/Sindscope/Sintrajud

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Teve bolo, 'granadas' e palhaços. Foi com uma manifestação simbólica e performática que servidoras e servidores registraram um mês sem respostas por parte do governo Bolsonaro à reivindicação salarial da categoria. O ato desta sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022, ocorreu em frente ao Ministério da Economia, em Brasília. Reuniu representantes de entidades sindicais de diversos setores do funcionalismo público federal. 

Eles exigiram a abertura de negociações em torno da reposição das perdas salariais acumuladas em três anos de gestão Bolsonaro: 19,99%. As 'granadas' de mentirinha faziam referência à fala do ministro Paulo Guedes (Economia), na reunião ministerial de abril de 2020, a mesma em que o então titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que era preciso aproveitar a pandemia "para passar a boiada". Na ocasião, sem saber que a gravação posteriormente se tornaria pública por decisão judicial, Guedes disse que já havia "colocado a granada no bolso do inimigo", referindo-se ao congelamento dos salários dos servidores. 

Os diversos ramos do funcionalismo constroem uma campanha salarial conjunta, articulada pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e Fonacate (Fórum Nacional das Carreiras de Estado). 

A Aduff e o Andes-SN participam da construção desta luta, que inclui indicativo de greve caso o governo não reveja a sua posição. A proposta de construção da greve por tempo indeterminado já foi aprovada na assembleia da seção sindical que reuniu docentes da Universidade Federal Fluminense. A Aduff retransmitiu ao vivo a manifestação, em sua página no Facebook.

Gravação da retransmissão ao vivo do ato em Brasília na página da Aduff no Facebook - clicar aqui

Calendário da campanha

O Calendário Nacional de Mobilização foi redefinido na mais recente reunião do Fonasefe. A data do indicativo de construção da greve por tempo indeterminado foi adiada de 9 para 30 de março. Além disso, foi proposto um novo dia de atos e paralisações da campanha salarial para 16 de março. Haverá, antes, no dia 23 de fevereiro, uma nova plenária nacional - para participar, é preciso se inscrever antes, via entidades sindicais. O cronograma agora é o seguinte: 

14 a 25/2/22 - Jornada de Luta em estado de greve; realização de assembleias nos estados.

18/02/22 - Um mês sem respostas: ato em frente ao ministério da economia às 10 horas, pela recomposição salarial de 19,99%.

23/02 Plenária Nacional das  Servidoras e Servidores Públicos Federais (virtual), a partir das 18 horas - participação via entidades.

8/3/22 - Dia Internacional das Mulheres - participação da campanha na construção das manifestações. 

16/3/22 - Dia Nacional de Greve - a aviso ao governo, a 15 dias da greve por tempo indeterminado.

30/3/22 - Indicativo de Greve por tempo indeterminado, caso o governo insista em não negociar, a ser submetido às assembleias.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

 

Ato em frente ao Ministério da Economia, no dia 18 de fevereiro: protesto exige abertura de negociações e denuncia 'intransigência' de Bolsonaro Ato em frente ao Ministério da Economia, no dia 18 de fevereiro: protesto exige abertura de negociações e denuncia 'intransigência' de Bolsonaro / Valcir Araujo - em cobertura conjunta para Aduff/Sindscope/Sintrajud

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