Ago
12
2021

Por unanimidade, docentes da UFF aprovaram adesão à greve do dia 18 de agosto

Assembleia docente foi realizada na tarde desta quinta (12); professores e professoras da UFF se unem à Greve do Setor Público contra a PEC 32 (da reforma administrativa) e em defesa dos serviços públicos

Em assembleia geral convocada pela Aduff na tarde desta quinta-feira (12), professores e professoras da UFF responderam à convocação nacional e deliberaram pela adesão à greve dos servidores públicos contra a PEC 32 na próxima quarta-feira,18 de agosto, com participação nos atos e atividades de mobilizações a serem construídos conjuntamente nos fóruns unitários do funcionalismo público em Niterói e nos campi fora de sede. No Rio de Janeiro, ato unificado está marcado para sair da Candelária, com concentração a partir das 16h. Pela manhã, a Plenária Unificada da Educação de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí convida para ato e panfletagem às 9h do dia 18, em frente ao CE Liceu Nilo Peçanha.

O advogado Leandro Madureira, da Assessoria Jurídica Nacional do Andes-SN, participou como convidado da assembleia e fez uma breve apresentação sobre os danos da PEC 32 para os trabalhadores do serviço público e para a população em geral.  A proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro é considerada um ataque de dimensões sem precedentes aos direitos dos servidores e aos serviços públicos – altera princípios constitucionais, acaba com o concurso público impessoal, reduz ou elimina a estabilidade dos servidores e abre caminho para privatizações generalizadas, além da possibilidade de alterar o plano de carreira do magistério federal superior. “É a uberização do serviço público”, ressaltou.

Em falas na reunião – que aconteceu online – as e os docentes frisaram o caráter nefasto da PEC 32 e pontuaram que a proposta de emenda constitucional se integra a um processo maior, de restruturação do Estado brasileiro – da qual a Reforma do Ensino Médio também faz parte. Destacaram também a perversidade do Congresso Nacional, que a cada dia aprova medidas privatizantes e de retirada de direitos, enquanto a população brasileira continua sofrendo com a pandemia da covid-19 e com o governo genocida de Jair Bolsonaro e Mourão.  Ainda reiteraram a importância da participação nas atividades de mobilização unificadas de rua para se contraporem ao projeto genocida e neoliberal desse governo.

As e os professores também deliberaram pela realização de atividades de mobilização e debate a serem realizadas pela diretoria da Aduff junto com o CR para discutir a PEC 32 e o retorno presencial das aulas nos departamentos e setores de trabalho da UFF. Na próxima segunda-feira (16), a diretoria da Aduff realiza o debate “Condições de trabalho e estudo durante e pós pandemia: qual retorno queremos?”. A atividade dará o pontapé na discussão de quais serão os princípios norteadores para o processo de retorno presencial das aulas quando o retorno for possível. A live acontece a partir das 19h, no Facebook e Youtube da Aduff, com a participação de Leticia Batista, doutora em Serviço Social, pesquisadora da Fiocruz e professora da UFF e de Alison Felipe Alencar Chaves, enfermeiro, mestre e doutor em Microbiologia e Imunologia pela Unifesp.

Diretoria da Aduff retoma “visitas” aos departamentos para dialogar sobre pauta externa e interna da UFF

Na assembleia, a diretoria da Aduff-SSind também leu a carta elaborada para a categoria onde apresenta sua análise de conjuntura e propõe aglutinar forças “tanto para enfrentar o governo genocida de Bolsonaro, Mourão e Guedes, como para pensar para qual Universidade queremos voltar e que Universidade queremos construir, na perspectiva da defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora”. A diretoria da Aduff retomou o processo de “visitas” aos departamentos, com a participação nas reuniões online das unidades e colegiados. Na assembleia,

“Internamente, além dos cortes no orçamento para as Universidades, temos uma pauta que reflete a conjuntura de ataques e desvalorização dos serviços públicos, que passam pela abertura para a implementação efetiva da EaD, via REUNI Digital; o aprofundamento da sobrecarga de trabalho, sobretudo das mulheres (responsabilizadas pelos cuidados com a casa e a família). Somam-se: o ensino remoto emergencial sem planejamento adequado, contribuindo para o adoecimento docente; a aceitação do ensino híbrido, sem qualquer discussão com a comunidade acadêmica, além da pressão interna e externa para o retorno presencial sem qualquer responsabilização ou participação da administração central da Universidade”, ressalta a diretoria da Aduff, em carta.

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