Ago
06
2021

Plenária Unificada em Defesa da Educação aprova agenda de lutas e incorporação aos atos do dia 11 e 18 de agosto

No Dia dos Estudantes (11), movimento estudantil convoca para ato com concentração às 17h, na Candelária. Antes disso, às 15h, haverá manifestação e panfletagens em frente às Barcas. No dia 18 de agosto, data nacional de mobilização em defesa dos serviços públicos e contra a PEC32, ato unificado vai às ruas a partir das 16h, com saída da Candelária, em direção à Alerj

Manter e ampliar os esforços de unidade para unificar a luta em defesa da Educação, dos serviços públicos e no enfrentamento do governo de Bolsonaro e Mourão, barrando nas ruas a tentativa de transformar direitos sociais em mercadoria. Essa foi a tônica da "Plenária Unificada em Defesa da Educação", evento realizado na noite de ontem (05), que contou com a participação de mais de 90 pessoas, entre trabalhadores da Educação, estudantes, pais, mães e responsáveis do ensino básico, médio e superior público de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

Organizada pela Aduff, Sintuff, Sepe/Niterói e Sindscope, a reunião debateu os desafios postos pela conjuntura política, como a reforma administrativa (PEC 32) que, se aprovada, irá destruir os serviços públicos e reduzir ainda mais o acesso da classe trabalhadora a serviços essenciais como saúde e educação. A reunião também alertou para os perigos da reforma do ensino médio e a reformulação do currículo advinda da aprovação da BNCC - Base Nacional Comum Curricular, convocando todas e todos para se engajarem na luta contra a destruição do ensino.

Para os especialistas em Educação, a reforma destrói a autonomia pedagógica de professores, esvazia o sentido do currículo e o protagonismo de estudantes, sendo mais uma política pública de péssima qualidade que coloca a educação e a formação da classe trabalhadora a serviço do capital. Os presentes na plenária ainda se manifestaram contrários à privatização dos Correios, que acabara de ser aprovada no Congresso, e destacaram que se não for barrada, a medida significará a demissão de trabalhadores e a precarização de um serviço essencial para as e os brasileiros.

Em fala pela Aduff-SSind, a presidente da entidade Kate Lane Paiva ressaltou a centralidade de enfrentar o projeto e as políticas neoliberais no Brasil. “A gente sabe que os ataques que a educação vem sofrendo não começaram agora e não são próprios desse governo, embora se aprofundem e se acelerem cada vez mais. Especialmente na América Latina, as políticas neoliberais na Educação se revezam entre mais forte e mais fracas, de forma mais conservadora ou ‘progressista’, mas sempre debaixo do bojo das políticas neoliberais. Precisamos enfrentar esse projeto de venda e privatização da Educação e dos serviços públicos, que também é um projeto machista, racista, lgbtifóbico. Porque a gente sabe qual é a cor de quem vai ficar sem escola e saúde pública. E no ombro de quem vai pesar!”, disse.

Encaminhamentos

Ao final da reunião, foram tirados os seguidos encaminhamentos: Incorporação às manifestações do dia 11 de agosto – convocadas pela UNE e movimento estudantil em razão do Dia do Estudante -  e adesão ao ato unificado e às atividades do dia 18, data puxada pelos servidores públicos como dia de greve nacional do funcionalismo contra a PEC32. No Dia dos Estudantes (11), o ato se concentra às 17h, na Candelária. Antes disso, às 15h, haverá manifestação e panfletagens em frente às Barcas. No dia 18 de agosto, data nacional de mobilização em defesa dos serviços públicos e contra a PEC32, o ato unificado vai às ruas a partir das 16h, com saída da Candelária, em direção à Alerj. Mais cedo, às 9h, trabalhadores da Educação e estudantes realizam manifestação e panfletagem em frente ao Colégio Liceu Nilo Peçanha, na Avenida Amaral Peixoto, Centro de Niterói.

Também foram encaminhadas a construção de uma plenária estadual da educação no RJ e a realização de uma campanha unificada contra a reforma administrativa, com faixas espalhadas pela UFF, nas escolas e onde mais for possível. Os atos de rua dos dias 11 e 18 também serão precedidos de panfletagens nas escolas que já retornaram às aulas e onde a comunidade escolar se encontra em risco, diante do atraso na campanha de vacinação e do aumento progressivo dos casos da variante delta da Covid-19 no Estado do Rio de Janeiro. A plenária ainda elaborou e aprovou um texto manifesto da reunião, que está em fase final de edição e será divulgado em breve.  

 

 

 

 

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