Passados um ano do início da pandemia da Covid-19 no Brasil, que interrompeu mais de 280 mil vidas, a Aduff convida pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Fundação Oswaldo Cruz para debater a importância do Sistema Único de Saúde e a necessidade de vacina para a população, em live na próxima quinta-feira 18, às 18h, em canal no You Tube e na página da seção sindical no Facebook
Participam do debate Ingrid D'Avilla Pereira, doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz e coordenadora de Ensino Técnico em Saúde da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), e Maria de Fátima Siliansky de Andreazzi – doutora em Saúde Coletiva/UERJ e Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFRJ.
"Mesmo que se use máscara e que se garanta o isolamento social - o que vai ser difícil dada a política econômica e o pífio auxílio emergencial oferecido pelo governo para uma parcela ínfima da população que precisa - não há outra possibilidade de enfrentar a covid que não seja pela vacina", defende a diretora da Aduff e professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFF, Cláudia March, que vai mediar as exposições da live de quinta-feira.
Para ela, o assunto é extremamente importante para a toda a sociedade, pois é inconteste que o governo brasileiro não se empenhou, a exemplo dos outros países, para a aquisição de doses suficientes de vacina tão logo anunciadas as possibilidades de imunização. "O tema da vacina é central nesse momento, pois ela é condição essencial para o retorno presencial das nossas atividades como trabalhadores e trabalhadoras, assim como há a necessidade de se pautar um debate nacional e internacional sobre a quebra de patentes", defende a diretora da Aduff.
Além de defender o distanciamento social e o uso de máscaras, Claudia March também reivindicou a implementação de políticas sociais para minimizar a desigualdade que se torna cada vez mais abissal no Brasil. "Já tínhamos muito desemprego, subemprego ou trabalhos informais. E ainda assim o governo segue optando por políticas regressivas ou contrarreformas, a exemplo da reforma trabalhista, das sucessivas reformas da previdência e, agora, a da PEC emergencial", afirmou. "Só retiram direitos, enquanto a desigualdade e a concentração de renda aumentam no Brasil e no mundo".
Claudia March ainda chamou atenção para a necessidade de valorização e investimento públicos em Ciência e Tecnologia, nas Universidades e demais instituições públicas de produção de conhecimento, na formação de profissionais. "A vacina é um mote para dizer que a defesa da vida depende da defesa de direitos e de uma forma mais sustentável de viver no planeta. É também falar sobre os serviços públicos de forma que atendam as necessidades sociais de saúde da população", considerou a docente.
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Live: "Vacina Já, para todos e 100% SUS. Os serviços públicos e a defesa da vida na pandemia"
Quinta-feira 18, às 18horas.
Canal da Aduff no You Tube e página da seção sindical no Facebook
Da Redação da ADUFF | Por Aline Pereira
