Mais uma vez, trabalhadoras e trabalhadores da saúde contratados por Organizações Sociais (OS) no município do Rio de Janeiro estão com salários e vales transporte e alimentação atrasados. Em plena pandemia da Covid-19, os profissionais da saúde que já estão correndo riscos e trabalhando sem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) se veem numa situação ainda mais crítica.
Na quarta-feira (08), o prefeito Marcelo Crivella decretou Estado de Calamidade Pública no município do Rio, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Publicado nesta quinta, o Decreto nº 47355/2020 afirma que a crise ocasionada pela Covid-19 “impede o cumprimento das obrigações financeiras, orçamentárias e fiscais diante da necessidade de adoção de medidas de enfrentamento da emergência em saúde pública”.
Na prática, o decreto determina que o município não precisa cumprir as obrigações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. Trabalhadores temem que a medida abra precedentes para justificar o atraso e o não pagamento dos salários.
A Aduff-SSind se solidariza com os profissionais da saúde do município do Rio e ressalta a importância de garantir os direitos e condições de trabalho adequadas aos trabalhadores. "Proteger e pagar em dia o salário desses profissionais é o mínimo. O atraso no salário é um absurdo e demonstra o descaso e o descuido com esses trabalhadores e com a saúde pública", destaca a presidente da Aduff-SSind, Marina Tedesco.
Da Redação da Aduff | Por Lara Abib, com informações de "Nenhum serviço de saúde a menos"