Fev
13
2019

STF pode julgar homofobia no Brasil, país líder em assassinatos de LGBTs

STF pode julgar homofobia no Brasil, país líder em assassinatos de LGBTs

 

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Ações que questionam a possível omissão do Congresso Nacional em legislar sobre a criminalização da homofobia estão na pauta do Plenário do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira (13).

Os 11 ministros do Supremo devem definir se a Corte pode criar regras temporárias para punir agressores de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs), em decorrência da demora da aprovação de matéria sobre isso no Congresso Nacional.

O crime de homofobia não está tipificado nas leis penais brasileiras e é tratado como lesão corporal, tentativa de homicídio ou ofensa moral. Em uma das ações, movida pelo PPS, faz-se uma analogia com o crime de racismo.

Segundo dados divulgados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2017 foram registrados 445 homicídios por homofobia no país, o maior número em 38 anos de monitoramento dos casos pela entidade. No ano passado, pelo menos 400 pessoas foram mortas em crimes por motivação homofóbica.

O tema está em dois processos no STF: na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e no Mandado de Injunção (MI) 4733. No primeiro, que tem o ministro Celso de Mello como relator, o Partido Popular Socialista (PPS) pede que o STF declare a omissão do Congresso em aprovar projeto de lei que criminalize atos de homofobia. Já o mandado de injunção foi impetrado pela Associação Brasileira de gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) e tem como relator o ministro Edson Fachin.

O Andes-SN e a Aduff-SSind apoiam e participam da luta contra a LGBTfobia.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Foto: Reprodução Internet

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