Jun
26
2018

Policia age com truculência para reprimir ato de servidores municipais no Rio

Paralisados nessa terça-feira (26) contra a taxação de aposentados, os trabalhadores da rede municipal do Rio acompanharam a sessão na Câmara dos Vereadores e protestaram na Cinelândia.

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Servidores municipais do RJ paralisaram na terça-feira (26) e realizaram ato em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, para protestar contra a proposta de Marcelo Crivella, que pretende taxar os aposentados - que ganham acima de R$ 5.645,80 (teto do INSS) - em 11% para cobrir o suposto e contestado déficit da PreviRio - Instituto de Previdência do Município.

O assunto veio à tona durante o momento de “Informes”, na etapa da ‘Assembleia Descentralizada dos Docentes da UFF’ em Niterói, realizada na tarde de terça-feira (26). Houve menção à truculência dos policiais, que lançaram bombas, spray de pimentas e balas de borrachas nos manifestantes que participavam de ato, desde a manhã.

Servidores municipais queriam entrar no plenário da Câmara para assistir, a partir das 16h, a segunda sessão de votação dos projetos de lei complementares 59/2018 e PL 855/2018, que já foram apreciados, em primeiro turno, no último dia 20. Na ocasião, 28 vereadores votaram por onerar os aposentados.

Uma professora considerou a situação absurda. "Querem que paguemos pela crise. Não somos culpados pelo rombo na PreviRio", disse Lenir Jane.

Os trabalhadores faziam pressão para entrar no Plenário e acompanhar a votação e, somente após a mobilização, a Mesa Diretora decidiu aceitar o ingresso deles no plenário da casa, como informou o SEPE-RJ, por volta das 14h.

Pouco tempo antes, a polícia agiu com truculência. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, pelo menos quatro trabalhadores foram atendidos no pronto socorro do Souza Aguiar devido a ferimentos por balas de borrachas disparadas pela PM, de modo indiscriminado e muitas vezes à queima roupa, no entorno da Cinelândia. Outro manifestante foi preso.

A tensão na Cinelândia circulou em vídeos e fotografias nas redes sociais. Em um deles, próximo ao horário do almoço, há discussão entre os servidores e os policiais militares, fortemente armados – um deles chega a apontar uma escopeta para a multidão.

Para o professor Waldyr Lins de Castro (Aposentado – Ed. Física), a truculência da polícia acontece há algum tempo com a função de dissuadir os manifestantes de irem às ruas. De acordo com ele, 1º vice-presidente da Aduff, essa situação vem se agravando ao longo do tempo. “Já enfrentamos varias situações, com polícia truculenta, perseguindo, batendo, jogando bomba de helicóptero em manifestações, inclusive em Brasília”, disse. “Quem participa dos atos tem sentido que a agressão policial aumenta gratuitamente”, considerou.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira

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