Ago
07
2017

Reitor vai à Aduff e participa de reunião com diretoria do sindicato

O encontro foi agendado pelo próprio Sidney Mello, no final do primeiro semestre letivo de 2017

Foto: Luiz Fernando Nabuco Foto: Luiz Fernando Nabuco

Na manhã desta segunda (08), o reitor da UFF, prof. Sidney Mello esteve na sede da Aduff, seção sindical do ANDES-SN, para participar de reunião com a diretoria da associação docente. Além da diretoria da Aduff, também participou do encontro a presidente do ANDES-SN e professora da UFF, Eblin Farage. 

Na reunião, Sidney garantiu que a UFF tem dinheiro para terminar o ano de 2017, se o governo continuar cumprindo com o repasse orçamentário. Questionado, também afirmou que "não há risco de nenhuma unidade do interior ser fechada”, mas que só há dinheiro para a conclusão das obras dos prédios da Geociências e da Biologia, em Niterói. Revelou ainda que a UFF entrou na Justiça, através da Advocacia Geral da União (AGU), para cobrar do Ministério da Educação (MEC) um repasse de 17 milhões. O pagamento do montante havia sido acordado entre o MEC e a administração da universidade para saldar a dívida da instituição com a Ampla, concessionária de distribuição de energia elétrica.

O reitor também se comprometeu a repassar para a seção sindical dados como o número de professores que entraram com pedido de aposentadoria, este ano, na UFF. Perguntado sobre o que seria feito com essas vagas, ele garantiu que abriria concurso imediatamente para preenchê-las. “Historicamente a UFF vinha mantendo duas janelas, agora eu acabei com as janelas. Toda vaga, juntou um grupinho, faz concurso”, disse. Diante do relato dos diretores da Aduff-SSind de que muitos docentes estão recorrendo ao sindicato para reclamar da demora nas progressões e promoções na Universidade, Sidney afirmou que iria trabalhar para descobrir quais são os entraves burocráticos por trás da demora e agilizar os processos internos.

Coluni
O reitor também reconheceu os problemas estruturais do Coluni e admitiu que o colégio universitário nunca foi realmente incorporado ao orçamento da UFF. Também disse ter sido “sensibilizado” e “convencido” pela reivindicação dos professores do Coluni, apresentada pelo diretor da Aduff e professor do Coluni, Carlos Augusto Aguillar Jr, de ampliação da democracia interna no colégio. O Coluni é a única unidade acadêmica da UFF que não conta com eleição direta para cargos diretivos.

Huap e Ebserh
Sobre o contrato assinado entre o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Sidney afirmou que a postura da administração da Ebserh ‘é de pressão’. O reitor contou que ameaçou romper o contrato em reunião com a empresa, por falta de realização de concursos e repasses de verbas no hospital. De acordo com ele, a pressão deu algum resultado. A Ebserh anunciou a contratação de 58 trabalhadores para o Antonio Pedro e liberou repasse para realização de reformas nas instalações do hospital.

Financiamento público para a UFF
Sidney também defendeu a unidade 'em defesa da universidade pública' e ressaltou que a reivindicação de “financiamento público para a universidade é uma pauta que nos unifica”, além de ter rejeitado a contratação de professores via Organizações sociais (OS) e defendido o Regime Jurídico Único. Ao final da reunião, o presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes agradeceu a presença do reitor na Aduff e ressaltou que foi a primeira vez na história da seção sindical que um reitor esteve na sede do sindicato para reunir-se com os docentes. 

“Nesse momento de contingenciamento, de corte de bolsa, corta de verbas e retirada de direitos, é importante para nós manter um diálogo aberto e franco com a administração da universidade, num esforço de identificar pontos em comum e pensar iniciativas mais conjuntas", finalizou Gustavo.

Da redação da Aduff-SSind | Por Lara Abib

Foto: Luiz Fernando Nabuco Foto: Luiz Fernando Nabuco

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