Da Cantareira às Barcas, comunidade universitária critica retirada de direitos trabalhistas e previdenciários; estudantes e servidores estão concentrados para irem ao ato unificado, que terá início ao final da tarde dessa sexta-feira (30), na Candelária
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DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
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Estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF foram da Cantareira (São Domingos) até a Estação das Barcas, no Centro de Niterói, em passeata contra as reformas do governo Temer, que retiram direitos trabalhistas e previdenciários, na tarde dessa sexta-feira (30), dia nacional de greve e protestos. Eles panfletaram material que aponta à sociedade os prejuízos das ações em curso pelo governo federal, que dificultam a aposentadoria para a maioria dos brasileiros e ainda flexibilizam a legislação trabalhista, minimizando conquistas históricas para a classe operária. Nesse momento, cerca de 100 pessoas estão concentradas em frente a Estação Arariboia e pretendem ir juntas, por volta das 17h, para o ato unificado que terá início logo mais no centro do Rio de Janeiro, na Candelária.
Enquanto se deslocavam para as Barcas e percorriam as ruas da cidade, os manifestantes - a maioria deles composta por estudantes - gritava: "trabalhador, tô do seu lado, o futuro não será precarizado".
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Futuro é a preocupação recorrente na vida de muitos jovens ingressantes na Universidade Federal Fluminense, a exemplo de Juliana, aluna do curso de Arquitetura, integrante na nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE - Fernando Santa Cruz). No primeiro período da graduação, Juliana já sofrerá as consequências da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição - PEC 55, que congela o orçamento público pelos próximos 20 anos. "Devemos intensificar nossas lutas, aumentar as mobilizações em universidades e escolas, para não perdermos muitas coisas. Não tem outra saída", avalia a discente, para quem as ações do governo federal têm sido alarmante. "Esses ataques colocam em risco não só os direitos dos trabalhadores, mas também das futuras gerações; pelo direito à universidade, ao trabalho e ainda à aposentadoria", conta. "A história de luta e de conquistas da classe trabalhadora não pode ir para o ralo", complementa a estudante.