Jun
30
2017

"Futuro não será precarizado", dizem estudantes da UFF em ato no dia nacional contra reformas de Temer

Da Cantareira às Barcas, comunidade universitária critica retirada de direitos trabalhistas e previdenciários; estudantes e servidores estão concentrados para irem ao ato unificado, que terá início ao final da tarde dessa sexta-feira (30), na Candelária
.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
.
Estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF foram da Cantareira (São Domingos) até a Estação das Barcas, no Centro de Niterói, em passeata contra as reformas do governo Temer, que retiram direitos trabalhistas e previdenciários, na tarde dessa sexta-feira (30), dia nacional de greve e protestos. Eles panfletaram material que aponta à sociedade os prejuízos das ações em curso pelo governo federal, que dificultam a aposentadoria para a maioria dos brasileiros e ainda flexibilizam a legislação trabalhista, minimizando conquistas históricas para a classe operária. Nesse momento, cerca de 100 pessoas estão concentradas em frente a Estação Arariboia e pretendem ir juntas, por volta das 17h, para o ato unificado que terá início logo mais no centro do Rio de Janeiro, na Candelária.
Enquanto se deslocavam para as Barcas e percorriam as ruas da cidade, os manifestantes - a maioria deles composta por estudantes - gritava: "trabalhador, tô do seu lado, o futuro não será precarizado".
.
Futuro é a preocupação recorrente na vida de muitos jovens ingressantes na Universidade Federal Fluminense, a exemplo de Juliana, aluna do curso de Arquitetura, integrante na nova gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE - Fernando Santa Cruz). No primeiro período da graduação, Juliana já sofrerá as consequências da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição - PEC 55, que congela o orçamento público pelos próximos 20 anos. "Devemos intensificar nossas lutas, aumentar as mobilizações em universidades e escolas, para não perdermos muitas coisas. Não tem outra saída", avalia a discente, para quem as ações do governo federal têm sido alarmante. "Esses ataques colocam em risco não só os direitos dos trabalhadores, mas também das futuras gerações; pelo direito à universidade, ao trabalho e ainda à aposentadoria", conta. "A história de luta e de conquistas da classe trabalhadora não pode ir para o ralo", complementa a estudante.

Additional Info

  • compartilhar: