Jun
29
2017

Greve geral: Campos terá ato unificado contra reformas de Temer e pelo “Fora Pezão”

Manifestação acontece às 15h, no centro da cidade; Aduff convida docentes a se concentrarem com a comunidade universitária da Uenf, às 14h30, na entrada principal do campus Leonel Brizola

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Assim como milhares de trabalhadores em diversas cidades do país, os docentes da UFF de Campos dos Goytacazes também irão parar por 24 horas e ir às ruas nesta sexta-feira (30), dia de greve geral no Brasil. Na cidade, os professores participam de ato unificado, que ocorrerá no centro, a partir das 15 horas, na Praça São Salvador. Convocado pela Aduff-SSind, Aduenf, Sindipetro-NF, Sepe, estudantes universitários e secundaristas, entre outras categorias, o ato é contra as reformas de Temer que afetam direitos trabalhistas e previdenciários e o ‘desgoverno’ de Luiz Fernando Pezão no Estado do Rio de Janeiro.

A Aduff-SSind convida os professores da UFF de Campos a se concentrarem junto com a comunidade universitária da Universidade Estadual do Norte Fluminense, às 14h30 de sexta, na entrada principal do campus Leonel Brizola.  “Nesse contexto de greve geral, é fundamental unir forças com os companheiros da universidade irmã que passa por tantos ataques e tentativas de desmonte”, defende o professor da UFF de Campos e diretor da Aduff-SSind, Márcio Malta.

Os docentes da Uenf estão com 4 meses de salário atrasados – o 13° salário de 2016 e os salários de abril, maio e junho de 2017 -  e os estudantes sem bolsa estudantil. Não há repasse de verbas para a universidade desde outubro de 2015, ainda sob a gestão de Sérgio Cabral (agora preso), de quem Pezão era vice. Reunidos em assembleia geral na tarde de ontem (28), os professores da Universidade Estadual Norte Fluminense aprovaram a adesão à greve geral nesta sexta e o indicativo de greve da categoria para agosto.

Para Luciene Soares, presidente da Associação Docente da Uenf (Asduenf, seção sindical do ANDES), a adesão à greve geral e o indicativo de greve em agosto é uma resposta ao quadro de extrema gravidade por que passa a universidade, seus trabalhadores e estudantes.

“Compreendemos a partir da plenária unificada de professores, técnicos administrativos e estudantes da graduação e da pós-graduação de que é preciso dar um passo a frente na luta pela defesa das universidades estaduais. Chegamos ao limite. Estamos sem salário, sem verba de custeio, sem segurança. Os professores da Uenf estão mandando um recado muito claro ao governo do Estado, sucursal desse governo ilegítimo. Não ficarmos nas salas de aula sem salário e sem custeio, ocuparemos as ruas. Aderimos à greve geral como parte não só de uma mobilização contra as reformas a nível federal, mas num grito de ‘chega’ a nível estadual. As pessoas estão endividadas, em depressão. Esses dias o filho de um servidor faleceu e ele não tinha 2mil reais para pagar o enterro”, desabafa.

Por Lara Abib / Foto: Luiz Fernando Nabuco

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