Jun
06
2017

Professores da UFF deliberam participação na greve geral do dia 30 de junho

Decisão foi tomada por unanimidade, em assembleia geral realizada nesta terça (06); greve geral de 24h está sendo convocada por centrais sindicais para exigir arquivamento das reformas da Previdência e Trabalhista e o fim do governo de Michel Temer

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Priorizar a luta contra as reformas trabalhista e previdenciária e construir uma nova greve geral em 30 de junho para garantir direitos e derrotar o governo ilegítimo de Michel Temer. Essa foi a decisão da assembleia geral dos docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF), realizada na noite desta terça (06), no auditório do Bloco P, no campus do Gragoatá – Niterói.

Em cerca de dois meses, é a segunda convocação de uma greve geral contra as reformas do governo Temer – a primeira paralisação, considerada pelas centrais a maior da história do país, ocorreu em 28 de abril. A data de nova greve geral foi definida, por consenso, em reunião realizada pelas entidades sindicais, na segunda (05). Será a primeira vez, no entanto, em que a bandeira “Fora Temer” será agregada ao protesto, por unanimidade.

Eleições gerais e ‘Diretas Já’!

Na assembleia, as docentes também rechaçaram a possibilidade de eleição indireta para o cargo de presidente da República e aprovaram, por maioria, a defesa de eleições gerais e ‘Diretas Já’, no país. O debate sobre a insígnia teve início na assembleia docente realizada em 19 de maio, quando a categoria propôs que o sindicato e o coletivo de professores amadurecessem sobre o que significava a campanha ‘Diretas Já’, diante da celeridade dos acontecimentos nacionais.

Nesta terça, o assunto voltou à pauta por iniciativa da diretoria da Aduff-SSind, que reconheceu haver divergências sobre o tema e propôs o debate franco entre a categoria. Em quase duas horas de discussão, os docentes puderam se posicionar. Por fim, prevaleceu o entendimento de que a aderir à campanha por eleições gerais e ‘Diretas Já’ significa dar mais um passo em direção à unidade de ação e organização dos trabalhadores na construção de uma greve geral ainda maior que a do dia 28, na luta para barrar as reformas previdenciária e trabalhista.

“A gente sabe dos limites das eleições, mas a questão das eleições gerais e ‘Diretas Já’ está atrelada a luta prioritária contra as reformas. Não podemos aceitar que um presidente ilegítimo rasgue nossa Constituição. Temer caindo, também não podemos aceitar que um Congresso corrompido, corrupto e comprado escolha por nós e dê seguimento à retirada de diretos. Fala-se em constitucionalidade, mas qual a constitucionalidade de aprovar emendas que subtraem cláusulas pétreas da Constituição e retiram direitos sociais, previdenciários. Isso eles aprovam, agora uma emenda que chama o povo para decidir não pode. Devemos nos posicionar contra qualquer tipo de manobra que venha por cima para garantir a aprovação das reformas”, defendeu na assembleia, o presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes.

Fundo de solidariedade às universidades estaduais

Reunidos na principal instância de deliberação da categoria, os docentes da UFF também aprovaram a adesão da Aduff-SSind ao fundo de solidariedade os professores das universidades estaduais do Rio de Janeiro, que estão com décimo-terceiro, férias e três meses de salários atrasados. Nesta assembleia, os docentes votaram pela contribuição inicial de 10 mil reais ao fundo.

Texto: Lara Abib
Fotos: Luiz Fernando Nabuco

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