1° Encontro dos Docentes da UFF ocorreu de 26 a 28 de maio e aprofundou o debate em tornos de temas como a democracia na universidade, estatuinte, multicampia, carreira e a luta contra as reformas da Previdência e trabalhista
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Após três dias de debates, terminou no início da tarde do domingo (28) o 1° Encontro dos Docentes da UFF, realizado num hotel-fazenda na Região Serrana do Rio, na divisa entre Teresópolis e Nova Friburgo.
O último dia do encontro foi dedicado, pela manhã, aos grupos de discussão, composto por quatro temáticas distintas – Estatuinte e Democracia na UFF, Multicampia, Opressões e Reformas e Política Sindical e Comunicação. Os professores se distribuíram entre os grupos para sistematizar as propostas levantadas na sexta-feira e no sábado e traçar algumas diretrizes a serem encaminhadas à direção da Aduff-SSind.
Na prática, o que se viu é que em geral a conversa fluiu nos grupos, extrapolou o horário inicialmente previsto e contribuiu para enriquecer o debate e alinhavar formulações a serem levadas para outros fóruns deliberativos e para subsidiar a atuação sindical.
Na plenária final, o resultado do que se discutiu em cada grupo foi levado ao conjunto dos participantes. Em seguida, na mesa coordenada pela diretora da Aduff Elza Dely, coube aos presidentes do Andes-SN, Eblin Farage, e da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, encerrar a atividade.
Para Eblin, a iniciativa da direção da seção sindical foi feliz e se revelou muito acertado fazer um encontro sem caráter deliberativo, mas que serviu para acumular discussões que podem ser estendidas para outras instâncias sindicais deliberativas. "A gente está podendo repensar uma porção de coisas, porque estamos num momento em que [questões] que temos muito cristalizadas precisam ser repensadas", disse.
"A conjuntura vai mudando e vai exigindo isso e esse é o momento para, de forma franca e aberta, repensar coisas para reconstruir e construir", disse. Eblin ressaltou que é com o fortalecimento das entidades sindicais classistas, democráticas e autônimas que a classe trabalhadora terá como defender seus direitos e impedir que reformas que retiram direitos, como as da Previdência e trabalhista, sejam aprovadas.
Ao final, a professora do Serviço Social da UFF no campus do Gragoatá brincou dizendo que embora tenha sido convidada para falar no encerramento enquanto presidente do Andes-SN, ela não se sentia assim ali, e sim como mais uma professora a participar do debate.
Em nome da diretoria da seção sindical, Gustavo Gomes agradeceu a compreensão de todos que participaram e acreditaram na realização do encontro com os problemas na organização que tenham ocorrido na organização da atividade. “A gente está com muitas demandas, parece que a gente está [como em período de] greve, mas dando aula. Tivemos a marcha contra a reforma da Previdência, no dia 24 de maio, e ainda temos o Conad para preparar, quando vamos receber mais de 200 professores de todo o país”, disse.
“Vocês ajudaram a construir um espaço de acumulação de conhecimento da Universidade Federal Fluminense, o debate fluiu. Pudemos fazer uma construção coletiva e desenvolver a solidariedade entre nós que, com certeza, nos ajudará a enfrentar os desafios que temos pela frente na atual conjuntura”, resumiu.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Detalhe do 1° Encontro dos Docentes da UFF – Luiz Fernando Nabuco
