foto: Gelta, Boechat e Amauri na quarta mesa do encontro - Luiz Fernando Nabuco
Ao falar na quarta mesa do Encontro dos Docentes da UFF, dirigente do Andes-SN disse ainda que isso pode levar ao fim da carreira docente
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O futuro nas universidades públicas será de terceirização generalizada caso não haja uma forte reação dos trabalhadores. É o que afirma o professor Amauri Fragoso de Medeiros, da Universidade Federal de Campina Grande e diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que participou da quarta mesa de debates do 1° Encontro dos Docentes da UFF, realizado num hotel fazenda na divisa entre Teresópolis e Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio.
O docente disse que há uma série de medidas combinadas que tendem a levar ao fim da carreira docente, caso tal processo não seja revertido. "Você tem as organizações sociais, que já estão na Saúde e com um reconhecimento do Supremo Tribunal Federal de que podem atuar em todas as áreas, tem a terceirização ilimitada, a reforma trabalhista, a reforma da Previdência, na qual os professores vão correr para se aposentar, e ainda foi aprovada a Emenda Constitucional 95, que congela o orçamento", disse, na noite de sábado (27).
"E o que tudo isso combinado significa? Não ter concurso público. E isso é o fim da carreira docente. E se nós não reagirmos vamos ter todos os professores terceirizados ", alertou, durante a mesa coordenada pela professora Gelta Xavier, vice-presidente da Aduff-SSind, que debateu carreira e Previdência e da qual participou ainda o advogado Carlos Boechat.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
