Mai
25
2017

Saída do #OcupaBrasília foi antecipada devido a multidão reunida para ato

Início da manifestação em Brasília, no dia 24 de maio - Valcir Araujo
Passeata contra Temer e as reformas foi antecipada em quase 2h porque organizadores avaliaram que concentração no Mané Garrincha já estava muito grande
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Uma multidão humana tomou conta das principais avenidas da capital federal ainda pela manhã da quarta-feira (24). A passeata do ‘#Ocupa Brasília’ partiu da concentração ao arredor do estádio Mané Garrincha quase duas horas antes do previsto, em direção ao Congresso Nacional. Houve acordo entre as centrais de antecipar a saída em função do grande número de pessoas que se concentravam no local

Manifestantes já falavam, àquela altura, no provavelmente maior ato da histórica da capital federal. Já era, sem dúvida, o maior desde que o presidente Michel Temer assumiu o poder, há exatos um ano e doze dias, após o afastamento da presidente Dilma.

Todas as centrais sindicais participaram e levaram como bandeiras a defesa do fim do governo, das reformas da Previdência e Trabalhista e a revogação das medidas já aprovadas, como permissão para terceirização indiscriminada de qualquer posto de trabalho.

Várias entidades defendiam a convocação de uma greve geral de 48 horas como próximo passo dessa luta. Servidores do Judiciário Federal e do MPU participam. "É o maior ato que já vi em Brasília", disse Elcimara, servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. "Esse Ocupa Brasília veio dizer para o Temer: se você não renuncia, botamos você para fora", disse, do carro de som, o servidor Paulo Barela, representante da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), que disse que as centrais já avaliam em 120 mil o número de participantes. Mas muita gente ainda não chegou em Brasília.

Ônibus ainda estavam nas estradas. Além disso, muitos manifestantes haviam planejado se deslocar para o ato mais tarde – a passeata estava prevista para sair entre 13 e 14 horas. Professores, estudantes e técnicos-administrativos da UFF participaram do protesto.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Duarte Filho