Professores, técnicos-administrativos e estudantes da UFF participaram do protesto, convocado pelas centrais sindicais e sindicatos - entre elas a CSP-Conlutas, o Andes-SN e a Aduff-SSind -, movimentos sociais, frentes políticas e outros segmentos da sociedade civil.

O protesto começou na Candelária, onde desde o final da tarde manifestantes se concentravam para o ato, percorreu a av. Rio Branco e terminou, antes da hora programada, na Cinelândia. Isso porque a Polícia Militar voltou a agir violentamente contra a manifestação, lançando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo de modo indiscriminado contra a multidão.

A violência foi repudiada pelos manifestantes, que defenderam o fim da Polícia Militar e reforçavam os gritos de "Fora Temer" na medida que a ação da polícia se acirrava.A Procuradoria-Geral da República afirma que Michel Temer autorizou a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB). O presidente nega, mas áudio com ele próprio divulgado pelo Supremo Tribunal Federal diz o contrário.

Ao cruzar a av. Rio Branco, em ritmo lento, que durou mais de uma hora, a manifestação foi saudada dos prédios com papel picado em vários momentos. Quando isso acontecia, os manifestantes festejavam. "Demos uma demonstração de força, foi um ato convocado da noite para o dia", disse o professor Antonio Estosito, da Matemática da UFF, que defendeu a continuidade da mobilização não só para derrubar o governo como as reformas constitucionais que retiram direitos históricos dos trabalhadores.

Protestos similares ocorreram em dezenas de cidades do país. No dia 24 de maio, haverá uma marcha a Brasília,convocada pelas centrais e movimentos sociais, que defenderá a mesma pauta.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

fotos: Ato no Rio - Luiz Fernando Nabuco'/Aduff