Abr
28
2017

Para docente da UFF, Greve Geral de 28 de abril já se tornou dia histórico para trabalhadores

Daqui a pouco, às 18h, ocorre ato unificado das centrais sindicais na Cinelândia, que protestam contra as 'reformas' do governo Temer

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Protesto na manhã dessa sexta-feira, em Niterói

28 de abril já é um dia histórico para a classe trabalhadora, como afirmou Adriana Penna, professora da UFF em Santo Antônio de Pádua e diretora da Aduff. De acordo com a docente, nessa sexta em que o Brasil amanheceu em Greve Geral, convocada por todas as centrais sindicais, profissionais de diferentes ocupações – do funcionalismo público e da iniciativa privada – manifestam seu descontentamento com as reformas trabalhistas e previdenciárias levadas em curso pelo governo de Michel Temer. “Querem precarizar as relações de trabalho de forma violenta, retirando direitos e conquistas obtidas com luta e suor”, avaliou.

Suor e luta que também deram o tom da última Greve Geral no país, ocorrida em 1989, como lembra o estudante Waldevino Turl, do 3º período em Direito da UFF. Apesar de não ter vivido aquele momento, Waldevino sabe que perspectiva de emancipação da classe trabalhadora somente é obtida por meio da ação coletiva, da mobilização de todos. “Temos as condições para sustentar essa greve”, afirma, criticando as propostas de ‘reforma’ do governo que podem, na prática, inviabilizar a aposentadoria para a maioria dos brasileiros e que sequer levam em consideração a disparidade entre a expectativa de vida nas diferentes regiões do país.

O discente Irving Andrade, do 3º período do curso de Ciências Sociais, também se posiciona contra as reformas do trabalho e da previdência e ainda contra a lei de terceirizações. Ele acompanhou as primeiras atividades da manhã e reagiu positivamente as intervenções em grandes vias públicas, como o fechamento da Avenida do Contorno e a obstrução, nos dois sentidos, da Ponte Rio -Niterói. Ele tem a expectativa de que os atos dessa tarde e do início da noite possam mobilizar ainda mais gente.

Assim também pensa a professora Gelta Xavier, da Faculdade de Educação da UFF e diretora da Aduff-SSind, sobre as atividades que acontecem na Alerj, nesse instante e que, logo mais, a partir das 18h, devem reunir milhares de trabalhadores na Cinelândia. “É um ato de massas. Apesar de a imprensa comercial falar em paralisação; estamos em Greve Geral em todo o país”, explicou a docente.