Foto: Detalhe da assembleia realizada no dia 16 de janeiro, primeira do ano - Luiz Fernando Nabuco
Professores declaram total apoio à defesa das universidades estaduais e convida comunidade universitária a ‘abraçar’ a Uerj nesta quinta (19)
DA REDAÇÃO DA ADUFF
A assembleia dos professores da Universidade Federal Fluminense, realizada na segunda-feira (16), aprovou moção de apoio e solidariedade à luta em defesa das universidades públicas estaduais do Rio.
A Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), a Uenf (Universidade Estadual do Norte-Fluminense) e a Uezo (Universidade Estadual da Zona Oeste) vivem provavelmente o mais grave momento de suas histórias. Sob a justificativa da ‘crise’ financeira do estado, elas foram abandonadas pelo governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) e estão sem condições de funcionar.
Os professores decidiram, ainda, entre outras deliberações em torno do 'ajuste fiscal' aplicado sobre a educação, convidar o conjunto da categoria a participar do 'abraço' à Uerj previsto para quinta-feira (19), a partir das 15 horas, no portão principal do campos Maracanã.
Veja, a seguir, a íntegra da moção, cujo conteúdo será levado ao 36º Congresso do Sindicato Nacional (Andes-SN), como proposta de posicionamento da categoria.
Nota em Defesa das Universidades Estaduais
A Assembleia Geral dos Docentes da UFF, aos 16 dias de janeiro de 2017, vem expressar por meio da presente nota total e irrestrito apoio em defesa das universidades públicas estaduais do Rio de Janeiro – Uerj, Uenf e Uezo – que se encontram em risco iminente de fechamento, por falta de condições mínimas para seu funcionamento.
Pioneiras nas políticas afirmativas de acesso ao ensino superior e de grande relevância no cenário internacional da pesquisa científica de ponta e de ensino e extensão de excelência voltados à população, as universidades estaduais do Rio de Janeiro sofrem as consequências do descaso do governo, fruto direto da crise econômica gerada pelos megaeventos (Copa do Mundo e Olimpíadas).
Ressaltamos também o descaso e o desrespeito com os servidores públicos, terceirizados e bolsistas daquelas instituições, que estão com seus salários e suas bolsas atrasados. O desmonte das universidades representa um quadro grave e uma concepção política de mundo que prejudica e sucateia a educação pública.