A partir da próxima segunda-feira, 11 de março, as e os técnico-administrativos da Universidade Federal Fluminense entrarão em greve por tempo indeterminado. Trabalhadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também vão entrar em greve na mesma data.
Na UFF, a decisão foi tomada por unanimidade em assembleia da categoria, ocorrida último dia 5, na Faculdade de Economia, reunindo aproximadamente 150 trabalhadores e trabalhadoras. Querem reposição salarial, já que o governo federal não ofereceu qualquer reajuste para a categoria em 2024, e reestruturação da carreira.
"Após vários meses de tentativas de negociação com o governo, não obtivemos nenhum avanço concreto em relação às nossas reivindicações. A greve ocorre por essa falta de diálogo do governo, com uma proposta de reajuste zero para 2024. Hoje, temos 53% de perdas inflacionárias acumuladas dos últimos anos. Também não houve avanço na reestruturação do PCCTAE [Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação]. Além disso, permanece a política de contingenciamento de recursos do orçamento federal, que afetam em cheio diversas áreas do serviço público, como a Educação. Por esses motivos, a nossa categoria unida votou pela greve, pois o momento é grave", explica Bernarda Thailania Gomes, coordenadora de Administração e Finanças do Sintuff - Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF.
Atende à deliberação da Plenária Nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), realizada ao final de 2023, quando foi aprovado o indicativo de greve para primeiro trimestre deste ano. Recentemente, a Fasubra indicou o dia 11 de março para a deflagração da greve.
De acordo com o comunicado enviado ao reitor da Universidade Federal Fluminense, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, o Sintuff informa que a partir do dia 11 será instalado o Comando Local de Greve e solicita reunião com a administração central da UFF para tratar da pauta interna. Esclarece ainda que, em atendimento à legislação, será mantido o percentual de 30% de servidores no exercícios das atividades essenciais.
Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira
Foto: Jesiel Araújo/ Sintuff