Jan
17
2024

Servidores federais vão lutar para reverter 'reajuste zero' em 2024

Entidades sindicais nacionais articulam uma contraproposta que seja consensual, a ser remetida aos sindicatos nos estados e, em seguida, à mesa de negociação. Proposta poderá ser a base para a construção do movimento de pressão sobre o governo federal. Campanha salarial e luta pela reestruturação das carreiras integram pauta do 42o Congresso do Andes-SN.

Manifestação da campanha salarial em Brasília, no final de 2023, durante rodada da Mesa de Negociação com o Ministério da Gestão Manifestação da campanha salarial em Brasília, no final de 2023, durante rodada da Mesa de Negociação com o Ministério da Gestão / Andes-SN - gentilmente cedida para publicação

Entidades sindicais nacionais do funcionalismo público federal do Executivo querem reverter a decisão do governo Lula de não conceder reposição salarial ao conjunto da categoria em 2024.

Para isso, planejam convocar as mobilizações com base em uma contraproposta a ser apresentada ao Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGI). 

Os aspectos centrais dessa contraproposta foram tratados por representantes das entidades numa reunião ocorrida na sexta-feira, dia 12 de janeiro de 2023. 

O Andes-Sindicato Nacional participou da reunião, organizada em conjunto pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Sindicais Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado).

Congelamento

No ano passado, há três dias do Natal, o governo federal finalmente apresentou às entidades sindicais as respostas à pauta de reivindicações salariais da categoria.

Propôs reajuste apenas para benefícios como auxílios alimentação, saúde e creche, deixando os salários congelados em 2024. Alegando impedimentos fiscais, os representantes do Ministério da Gestão disseram que novos reajustes somente em 2025 e em 2026.

A proposta, que neste ano praticamente exclui os aposentados ao se restringir aos benefícios, não agradou e gerou protestos dos representantes do funcionalismo na Mesa Nacional de Negociação Permanente.

Reação acentuada pelo transcorrer de negociações pontuais do governo federal com alguns segmentos específicos do funcionalismo. Chamou especial atenção as conversas com entidades representativas dos agentes de órgãos de segurança, como a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal. 

O fechamento de acordos separados com esses e poucos outros setores em torno de mudanças nas carreiras e reajustes salariais já em 2024 fomentou o sentimento de injustiça e, provavelmente, ampliou o grau de insatisfação. 

Agora, os sindicatos dos servidores e servidoras buscam construir a mobilização conjunta neste primeiro trimestre de 2024, para forçar o governo a rever a sua posição e efetivamente negociar com o conjunto da categoria em torno da recomposição salarial.

Seminário e assembleia

O calendário de atividades da Aduff prevê a realização de um seminário nos dias 19 e 20 de fevereiro e, no dia 21, de uma assembleia geral. As atividades têm como pauta debater e definir as posições da entidade em relação ao Caderno de Textos do 42o Congresso do Andes-SN, que acontecerá em Fortaleza (CE). 

Entre os temas em discussão, vão estar a continuidade da campanha salarial, as negociações com o governo e a luta pela reestruturação das carreiras. 

As atividades não são restritas à delegação, eleita em assembleia, que vai ao congresso: são abertas à participação de professoras e professores da UFF que queiram contribuir com este debate e esta luta. 

Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho

Manifestação da campanha salarial em Brasília, no final de 2023, durante rodada da Mesa de Negociação com o Ministério da Gestão Manifestação da campanha salarial em Brasília, no final de 2023, durante rodada da Mesa de Negociação com o Ministério da Gestão / Andes-SN - gentilmente cedida para publicação

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