Out
16
2024

No dia dos professores, ato reúne categoria para reivindicar orçamento para Educação e cumprimento do acordo de greve

Aduff participou da manifestação, que partiu do Buraco do Lume em direção à Cinelândia, e também exigiu o fim da criminalização dos movimentos estudantil, sindical e popular

Bianca Novaes (esq), Gelta Xavier e Maria Aparecida Cabral (docente da UERJ) Bianca Novaes (esq), Gelta Xavier e Maria Aparecida Cabral (docente da UERJ)

Estudantes, docentes e técnico (as) administrativos da educação pública federal, estadual e municipal estiveram, na tarde desta terça-feira, 15 de outubro, em ato unificado no Centro do Rio de Janeiro. Ocorrida no dia em que se celebra o dia dos (das) professores (as), a manifestação reivindicou que o governo cumpra os termos do acordo de greve, relacionados à recomposição do orçamento da Educação e ao salário dos servidores. 

Convocado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro, pelo Fórum dos Comandos de Greve da Educação e pelo Fórum dos Servidores Públicos Federais, a manifestação partiu do Buraco do Lume em direção à Cinelândia. Também criticou a criminalização das lutas, tendo como exemplo os fatos recentes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, quando a reitoria apelou às forças do aparato policial do Estado para expulsar o movimento estudantil da instituição. Veja mais

De acordo com Claudia Piccinini, docente da Universidade Federal do Rio de Janeiro e primeira vice-presidente da Regional do Andes-SN no Rio de Janeiro, é importante dar visibilidade à pauta da Educação Pública e celebrar a unidade entre a militância no Rio de Janeiro. "É um ato construído pela frente dos segmentos da educação pública do Rio de Janeiro, que congrega sindicatos da educação básica, de professores do índice superior, técnicos administrativos e também o movimento estudantil. É um momento de protestar, num dia emblemático em que a gente faz a luta pela valorização dos serviços públicos, dos servidores, dos professores", afirmou.

Para Gelta Xavier, docente da Faculdade de Educação da UFF, durante a concentração para o ato, as falas remeteram ao ânimo para os enfrentamentos aos governos municipal, estadual e federal. "Evidenciaram as perdas acumuladas pelos trabalhadores e trabalhadoras aposentadas e ativas quando as alterações nas carreiras dispersaram os profissionais e reduziram as condições de trabalho", analisou. 

Segundo a docente, momentos como esses proporcionam interlocução entre militantes. "As possibilidades de os participantes exporem os cenários em que estão imersos, quando conversam, analisam, explicam os acontecimentos em cada instituição, em cada espaço de trabalho, apontam a necessidade de prosseguir ampliando e unificando as mobilizações", defendeu.

Bianca Novaes, docente na UFF em Volta Redonda e dirigente da Aduff, também considerou o ato muito importante. "Precisamos lembrar que o término da greve não significa que estamos desmobilizados. Permanecemos nas ruas para reivindicar nossos direitos e em unidade com os outros setores da educação", afirmou. 

Da Redação da Aduff


Bianca Novaes (esq), Gelta Xavier e Maria Aparecida Cabral (docente da UERJ) Bianca Novaes (esq), Gelta Xavier e Maria Aparecida Cabral (docente da UERJ)

Additional Info

  • compartilhar: