Sem a Greve a UFF Para.
É com esse mote que a reportagem da Aduff ouviu docentes da Universidade Federal Fluminense sobre a situação orçamentária da instituição - que possui recursos no orçamento suficientes para funcionar apenas até setembro de 2024, caso não haja suplementação orçamentária.
De acordo com a Reitoria, o orçamento está sendo esticado com medidas de economia para que seja possível manter a universidade até o final do ano. A recomposição do orçamento da Educação Federal é uma das pautas centrais da greve nacional da categoria docente e dos demais segmentos.
"Estamos chegando a um ponto sem retorno. Não é justo que um setor tão importante esteja desvalorizado, não é justo que a educação pública, que detém a maior parte da produção técnica e acadêmica deste país, esteja operando com orçamento deficitário e defasado", critica, neste vídeo, o professor Gilberto Figueiredo, da Escola de Engenharia da UFF.
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Ele destaca o papel das comunidades universitárias para manter as instituições funcionando. "O setor da educação sofreu severos ataques no último governo, mas com a nossa resiliência garantimos que as universidades e os institutos permanecessem abertos", disse.
"Os trabalhadores são submetidos a trabalhar em edificações com instalações antigas, que colocam em risco a integridade física de todos técnicos docentes e discentes", alerta.
Gilberto defende a greve e a mobilização para combater e reverter este quadro. "Não é justo que nós que ajudamos a formar os melhores profissionais deste país não tenhamos paridade de tratamento com outras categorias do serviço público federal", disse.
"Não há avanço sem luta e nós estamos lutando para que as universidades continuem abertas e contribuindo com a sociedade brasileira", conclui o docente.
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho (texto) e Luiz Fernando Nabuco (imagens)