Nas ruas, servidores federais ativos e aposentados da saúde e da seguridade social reforçaram que não aceitarão o desmonte do serviço público, das carreiras e a falta de reajuste salarial.
Em ato que aconteceu em frente ao prédio do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) do Ministério da Saúde, no Centro do Rio, exigiram respeito às servidoras e servidores públicas ativos e aposentados, melhores condições de trabalho e a reestruturação das carreiras do funcionalismo federal.
Também exigiram a interrupção de qualquer tratativa que entregue hospitais federais à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ressaltando que a privatização e a terceirização das unidades hospitalares “faz mal à saúde” e que integra o mesmo projeto de desmonte dos serviços públicos.
Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ, destacou, no ato, o caso do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, que sofreu com inundações e alagamentos durante as últimas chuvas na cidade do Rio de Janeiro. Para a servidora, o que hospitais federais precisam não é da privatização via Ebserh, mas de orçamento público que garanta atendimento digno à população.
Líbia Bellusci, diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Rio, reiterou que a luta contra o desmonte e a privatização da saúde é de todas e todos, trabalhadores e população, e que nos hospitais em que a Ebserh entrou, fechou leitos e não reabriu Emergências.
“Somos nós os trabalhadores que estamos 24h na beira do leito, zelando e cuidando da saúde da população. Não pode ser o DGH, de forma unilateral e com um discurso barato que vai decidir que a privatização é melhor para os nossos hospitais. O Sindicato dos Enfermeiros não vai se calar, saúde não é mercadoria! Fora Ebserh!”, disse.
Servidor da Vigilância em Saúde, Adonis compartilhou na manifestação que testemunha o desmonte de sua carreira e reitera a urgência da luta por concurso público e reajuste salarial. “Doenças como a dengue, a leishmaniose estão voltando e nós estamos sem capacidade de combatê-las porque a carreira foi desmontada, não temos vigilância em saúde. Não queremos ser os últimos dos moicanos, concurso público já”, finalizou.
Da Redação da Aduff | por Lara Abib