"Arcabouço Fiscal e a Defesa da Educação Pública" foi o tema em discussão nesta quarta-feira (31), na sede da Aduff-SSind. 

A atividade, que também foi transmitida ao vivo pelas redes sociais do sindicato, contou com a participação dos docentes Victor Leonardo de Araújo, da Faculdade de Economia da UFF, Fábio Araújo de Souza, da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação da UFRJ.

O Sintuff (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF) esteve representado pela coordenadora Alexandra Primo e a mediação foi feita por Inny Bello Accioly - professora da Faculdade de Educação da UFF e diretora da Aduff-SSind.

Os docentes convidados relacionaram o arcabouço fiscal, aprovado pela Câmara dos Deputados e remetido para votação no Senado, à perspectiva do neoliberalismo econômico e da lógica gerencialista do Estado que vigora nas últimas décadas. 

"A política fiscal de agora tem sua origem na neoliberalização econômica em que as elites do setor financeiro têm lucrado demasiadamente", explicou Fábio.

Embora considerem o arcabouço fiscal mais flexível que a política de teto de gastos (a Emenda Constitucional 95, aprovada em 2016 durante a gestão de Michel Temer), os professores afirmaram que a medida econômica que o governo Lula tenta aprovar no Congresso Nacional, na prática, mantém a austeridade fiscal e as restrições para despesas nos serviços públicos e políticas sociais.

Para eles, a situação é agravada pelo substituto do relator, aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada.

"Considero o arcabouço uma nova lei de responsabilidade fiscal", disse Victor Leonardo.

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Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira e Hélcio Lourenço Filho
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/Aduff