Da Redação da Aduff
O sanitarista Gonzalo Vecina Neto, que participou da fundação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disse que as mobilizações da campanha "Fora Bolsonaro" tiveram um papel importante na defesa da democracia e na luta para que a vacina vencesse a campanha negacionista do governo federal. "Se não conseguimos derrubar Bolsonaro é porque as instituições deste país não funcionaram", disse.
Para assistir ao momento da entrevista de Vecina, clicar aqui
O sanitarista Gonzalo Vecina Neto, que participou da fundação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, disse que as mobilizações da campanha "Fora Bolsonaro" tiveram um papel importante na defesa da democracia e na luta para que a vacina vencesse a campanha negacionista do governo federal. "Se não conseguimos derrubar Bolsonaro é porque as instituições deste país não funcionaram", disse.
Para assistir ao momento da entrevista de Vecina, clicar aqui https://youtu.be/temG4pkLoRw?t=3154
A declaração foi dada em entrevista concedida, ao vivo, à TV Aduff, que realizava a cobertura da manifestação no Centro do Rio de Janeiro na quinta-feira, 11 de agosto de 2022, convocada pelo movimento "Fora Bolsonaro" em conjunto com outros setores.
O comentário foi feito assim que Vecina entrou ao vivo, por vídeo, falando de um aeroporto quando se preparava para viajar para Fortaleza (CE), onde participaria de um evento. O jornalista Hélcio Lourenço Filho, que coordenava a ancoragem do programa, e a professora Elizandra Garcia da Silva, que também participava da transmissão, o receberam lembrando que o sanitarista já esteve em outras coberturas de protestos pelo "Fora Bolsonaro" da Aduff. Foi lembrado que, apesar de à época defender a necessidade de um rigoroso isolamento social para salvar vidas, o cientista afirmou defender a ida às ruas, com todos os cuidados possíveis, para derrubar um governo genocida.
Vacina
"É com muito mais alegria que a gente se encontra hoje, né Vecina, todos vacinados. Naquela época, eu acho que na nossa primeira conversa aqui não tinha nem a vacina ainda", disse a professora Elizandra, diretora da Aduff. "A importância que nós atribuímos aquela época ao SUS, à pesquisa pública, eu acho que agora a gente tem que render [ homenagens] e dar parabéns a todos esses trabalhadores que trabalharam diuturnamente até a descoberta da vacina. Não saímos ainda da pandemia, mas pelo menos estamos todos vacinados, menos o Bolsonaro, e podermos estar retomando algumas atividades nossas presenciais", disse a docente.
O sanitarista agradeceu às boas-vindas e brincou: "Estou bem e agora melhor, na luta por mais democracia, por mais saúde", disse Vecina, ao iniciar a conversa. Logo em seguida, criticou a 'imunidade' dada ao presidente da República. "O Ministério Público Federal tem que fazer o seu papel, e isto não está acontecendo", disse. "Temos que levar estas lições, que é parte do país que precisa ser reconstruído a partir deste momento que nós vamos ter que viver agora em 2 de outubro", disse, ao mencionar as eleições próximas.
"Espero que a gente não se esqueça que o sistema de pesos e contrapesos numa democracia funciona. No nosso caso, além das ameaças do presidente, nós temos essas disfuncionalidades que teremos que resolver no funcionamento do Estado brasileiro", defendeu.
A cobertura ao vivo foi feita pela TV Aduff em parceria com o Sindscope (Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II) e com a Asduerj (Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - seção sindical do Andes-SN).
Da Redação da Aduff