Trabalhadores terceirizados do setor de limpeza e de administração da Universidade Federal Fluminense (UFF) decidiram paralisar atividades por tempo indeterminado no final da manhã desta segunda (18), primeiro dia do semestre letivo de 2019. A assembleia reuniu cerca de 100 trabalhadores da 'Luso-Brasileira' em frente à Reitoria da Universidade.
Terceirizadas da 'Croll' e 'Luso-Brasileira' ainda não receberam o salário de fevereiro e os atrasos nos pagamentos dos salários e dos tíquetes têm sido constantes. De acordo com a equipe jurídica do Sindicato de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Niterói e região (Sintacluns), cerca de 200 funcionários estão com salários irregulares desde o ano passado.
Na terça (19), reunião de mediação no Ministério Público do Trabalho irá reunir representantes da UFF, dos trabalhadores e das empresas para tratar do assunto. A reunião está marcada para às 14h, na unidade do MPT (Rua Doutor Paulo César, 63, Icaraí). Os trabalhadores irão se concentrar no local para pressionar por uma solução.
Ao jornal “O Fluminense”, o diretor jurídico do 'Sintacluns', Nézio Francisco, afirmou que a dívida da universidade com as empresas 'Croll' e 'Luso-Brasileira' ultrapassa os R$ 20 milhões e que a UFF alega não estar recebendo os repasses do Ministério da Educação (MEC). A equipe de imprensa da Aduff-SSind enviou email para a Pró-Reitoria de Administração (ProAd) da Universidade pedindo detalhes sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria o e-mail não havia sido respondido. No site da universidade não há menção sobre o atraso nos salários dos trabalhadores.
DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Lara Abib
Foto: Luiz Fernando Nabuco - Momento de uma manifestação de trabalhadores terceirizados na UFF em 2015