Jul
15
2013

Servidores e docentes realizam ato contra a Ebserh

No dia nacional de paralisação, docentes e servidores da UFF realizam ato contra a implementação da empresa que vai privatizar os Hospitais Universitários no país

Servidores e professores da UFF realizaram ato em frente ao Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), na manhã do dia 11 de julho. A atividade que fez parte das mobilizações que integraram o dia nacional de paralisação começou às 7h. Os funcionários protestaram e ocuparam a rua em frente ao Hospital com faixas e palavras de ordem contra a adesão do HUAP à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que vai entregar a gestão dos HU’s à iniciativa privada, além de comprometer a autonomia universitária. Os manifestantes também reivindicaram mais investimentos para a educação e saúde pública, com a defesa dos 10% do PIB para a educação pública já.

Nas ruas, a população se solidarizou com o ato. Diversos motoristas que passavam pelo local demonstravam apoio, através de acenos e buzinaços. Pedro Rosa, coordenador do SINTUFF, afirmou que as recentes manifestações mostram que a população tem muitas pautas para reivindicar. “Somos contra todos esses abusos que têm sido cometidos, a indignação que tomou conta das ruas recentemente tem vários motivos, não somente o preço das passagens de ônibus. Temos pedágios caros, baixos salários, as pessoas não tem moradia, saúde e educação de qualidade. Por isso, não adianta reprimir, não vamos parar”.

Presente no ato, o coordenador do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação em Niterói, Diogo Oliveira, afirmou que a educação está unida com a saúde na luta contra a precarização dos trabalhadores e dos serviços púbicos. “A educação passa pelo mesmo processo de privatização que a saúde passa, por isso enfrentamos a mesma luta. A rede estadual de ensino no Rio de Janeiro está sendo massacrada e a educação pública destruída. Muitos alunos saem das escolas sem acesso aos conhecimentos produzidos pelo mundo, às vezes, sem mesmo saber ler. O que estamos vendo é uma luta de resistência a todo este processo”, finaliza.