Jul
12
2013

Manifestação unitária das centrais sindicais dissolvida sob forte repressão policial

A manifestação nacional deste dia 11 de julho, com greve unificada convocada por todas as centrais sindicais, acabou mal no Rio de Janeiro, devido à brutal repressão policial. A passeata, que contou com a participação de mais de 15 mil pessoas, saiu da Candelária às 17 horas e percorreu a Avenida Rio Branco.

As seções sindicais do ANDES-SN e diversos outros movimentos iniciaram suas atividades às 12h30, com o ato “Educação e Saúde na Praça”, realizado na Praça XV (ver aqui). Dali, saíram em caminhada para a Candelária, onde juntaram-se às demais centrais para Além da CSP-Conlutas, convocaram o ato nacionalmente a CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CGTB e CSB. Entre as pautas unitárias estavam: redução do preço e melhoria da qualidade dos transportes coletivos; mais investimentos na saúde e educação públicas; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias; redução da jornada de trabalho; fim dos leilões das reservas de petróleo; Contra o PL 4330, da terceirização; e a reforma agrária.

Antes que a passeata chegasse à Cinelândia, a Polícia Militar atacou os manifestantes de forma brutal, com muitas bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Dezenas de pessoas ficaram feridas, e tentavam se esconder dos policiais, que passaram a perseguir todo mundo que circulava pelo centro do Rio de Janeiro. Ônibus foram parados e passageiros obrigados e descer, e estabelecimentos comerciais – e até mesmo hospitais – alvejados pelas bombas de efeito moral.

“A Polícia Militar e o governador do estado do Rio de Janeiro não têm limites. A polícia que mata todos os dias nas favelas é a mesma que coíbe de maneira cada vez mais agressiva qualquer manifestação. A mídia corporativa omite ou trata como natural. A tendência é que, com a proximidade da Copa do Mundo, a repressão aumente. Não podemos aceitar isso”, afirmou Eblin Farage, presidente da ADUFF.