Dez
12
2024

É garantindo mais direitos para população que os setores progressistas vão conseguir derrotar a extrema-direita no país

Esse foi o recado das ruas no ato "Sem Anistia, prisão para os golpistas", que percorreu o centro do Rio, no dia 10 de dezembro, e em diversas capitais e cidades do Brasil, exigindo a responsabilização de todos os envolvidos nos crimes contra a democracia e a sociedade brasileira

É garantindo mais direitos para população que os setores progressistas vão conseguir derrotar a extrema-direita no país / Imprensa Aduff

A atividade realizada no Dia Internacional em Defesa dos Direitos Humanos foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. No Rio de Janeiro, se concentrou no Largo da Carioca e foi em marcha até a Praça XV, sob gritos de “Sem anistia, não tem perdão! Eu quero ver Bolsonaro na prisão”. A participação na manifestação foi uma deliberação da assembleia geral de docentes da UFF, realizada no dia 9 de dezembro, e integra a Jornada Nacional construída pelo setor das Federais do Andes-SN.

No ato, Roberto Oliveira, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ressaltou a importância da iniciativa e do esforço para reunir dezenas de organização para colocar a defesa da democracia brasileira nas ruas e, principalmente, um projeto de Brasil em tempos tão difíceis.

“Queria dizer que estamos aqui como MAB por entender que também somos frutos das contradições do desenvolvimentismo da ditadura brasileira, responsável pelas grandes obras que retiraram e massacraram povos originários, indígenas, comunidades tradicionais, ribeirinhos, camponeses e nunca prestou contas no Brasil. Só após 40 anos das grandes barragens brasileiras, conquistamos uma política nacional que garante direitos às populações que são atingidas. Com ditadura não se negocia, com ditatura não se faz negócio, com ditadura não tem diálogo e é por isso que não podemos aceitar anistia, de Bolsonaro, dos militares envolvidos, mas também da turma de civis e dos deputados que estavam metidos no golpe e que rasgaram a Constituição”, disse.

Brenda Marques, da Juventude Afronte, afirmou que a tarefa da sua geração é de destruir e de enterrar a extrema-direita no Brasil, mas que isso só será possível se o governo Lula se comprometer com um projeto de direitos que não aceita a escala 6x1, que não aceite o ódio e não se alie ao centrão para votar medidas antipovo no Congresso. Ela lembrou o debate feito durante a campanha presidencial e disse que a derrota do bolsonarismo nas urnas não significa a derrota do projeto da extrema-direita no país, pelo contrário. Com a vitória de Trump nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo, “é fundamental encerrar esse ano ocupando as ruas!”, falou.

Presente no ato, o técnico-administrativo da UFF e coordenador do Sintuff, Wagner Peres Braga reforçou a importância dos setores populares seguirem mobilizados contra a política do arcabouço fiscal, que acaba com os recursos da saúde e da educação. “Precisamos de investimento na seguridade social, na saúde, na educação, de fortalecimento dos serviços públicos. Não podemos sair das ruas, nem aceitar alianças como o governo federal fez aqui no Rio de Janeiro com Eduardo Paes, que massacrou educadores nessa última greve. É isso que fortalece a extrema direita. Seguiremos mobilizados, sem anistia!”, disse.

Deputado estadual pelo PSOL-RJ, Flávio Serafini destacou que nunca na história do país o alto escalão das Forças Armadas foi punido pelas suas tentativas golpistas e reforçou a importância do povo estar nas ruas exigindo responsabilização. Serafini frizou que esse é um momento de muitas lutas, defendeu o fim da escala 6x1 e defendeu que “não podemos permitir que a pressão do empresariado continue capturando a agenda do Brasil. É um absurdo que o povo pobre trabalhador tenha direitos retirados em nome de arrocho que só está acontecendo porque o próprio Congresso e o presidente do Senado estão distribuindo benesses para setores empresariais”, criticou.

Para ele, a luta contra os golpistas do 8 de janeiro é a mesma luta contra os golpistas que derrubaram Dilma e construíram uma agenda de retirada de direitos que piorou ainda mais as condições da classe trabalhadora brasileira.

Vereadora eleita pelo PT-RJ, Maíra do MST também defendeu a luta contra a anistia e a “necessária responsabilização dos golpistas” e lembrou o que “a justiça faz com o povo pobre, preto e favelado todos os dias nesse país”. No ato, ela ainda reforçou a luta pelo fim da escala 6x1. “É direito humano do povo trabalhador ser feliz, viver com dignidade, com comida na mesa e com lazer. A escala 6x1 não permite isso, principalmente para as mulheres e a juventude negra desse país. Por isso a gente tem que lutar contra esse sistema”, encerrou.

Da Redação da Aduff | por Lara Abib

É garantindo mais direitos para população que os setores progressistas vão conseguir derrotar a extrema-direita no país / Imprensa Aduff

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