Mar
20
2023

Na quarta (22), Educação municipal e estadual vão parar em defesa do piso salarial e contra o NEM

22 de março é o Dia Nacional em Defesa do Piso Salarial para as carreiras da Educação e pela revogação do Novo Ensino Médio (NEM); no Rio, ato se concentra às 14h, no Largo do Machado. Passeata seguirá até o Palácio Guanabara

Em assembleia realizada no dia 11 de fevereiro, as e os profissionais da rede estadual decidiram pela realização de uma greve de 24 horas nesta quarta-feira (22), Dia Nacional em Defesa do Piso Salarial para as carreiras da Educação. Redes municipais, como a do Rio de Janeiro, Niterói e diversas outras redes do Interior e Grande Rio, também vão parar, com atos pela manhã e se somando ao protesto unificado à tarde.

O ato em defesa do piso salarial e pela revogação do Novo Ensino Médio (22) se concentra no Largo do Machado, às 14h, e segue até o Palácio Guanabara, na quarta.

A Lei do Piso Nacional atende apenas ao magistério público. Mas o Fundeb e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional apontam que o piso é para todos os profissionais que trabalham nas escolas. Governadores e prefeitos descumprem essas referências. No município do Rio, o governo do estado paga o pior salário do Brasil para seus educadores: o professor de 18h recebe R$ 1.588 quando deveria, pelo piso, receber R$ 3.120; já o funcionário de nível elementar recebe um piso menor que o salário mínimo nacional: R$ 802.  Por isso, a categoria defende que, para a garantia de uma educação pública de qualidade, o piso salarial nacional deveria ser aplicado para todos os educadores: professores e funcionários administrativos.

PELA REVOGAÇÃO DO NEM

Outra pauta dos profissionais da Educação é a revogação do Novo Ensino Médio. O NEM foi aprovado através da “Reforma do Ensino Médio”, uma medida autoritária do Governo Temer que interrompeu, em 2016, o debate que estava sendo feito, junto ao Fórum Nacional da Educação, para se aplicar uma reforma verdadeiramente democrática na educação brasileira.

De acordo com o SEPE-RJ, “o NEM é um ataque articulado do capital financeiro contra a educação pública, visando reduzir o investimento e privatizar enormes segmentos da educação, favorecendo grupos econômicos. Não vamos aceitar a precarização do trabalho docente e a exclusão no processo de formação dos estudantes que o NEM vai proporcionar”, afirma, em documento, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação-RJ.

O Novo Ensino Médio começou a ser implementado no estado do Rio em 2022, causando graves problemas a uma já combalida rede estadual. Com isso, as grades de horário de milhares de professores foram mudadas; com os professores obrigados a lecionar disciplinas estranhas ao seu conhecimento. Algumas disciplinas do ensino médio perderam tempos, para dar lugar a matérias que não condizem com o espectro de conhecimento da maioria dos professores ou de relevância social.

 Com informações do SEPE/RJ

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