Da Redação da Aduff
Na tarde desta quarta-feira 8, trabalhadoras e estudantes do Rio de Janeiro e arredores estão nas ruas e participam do ato, no centro da cidade na capital fluminense, pelo Dia Internacional de Luta das Mulheres.
Em pauta, o direito à vida e às políticas públicas que considerem o acesso à saúde e à educação de qualidade e ao aborto seguro. Mulheres clamam por emprego e renda e pedem que Jair Bolsonaro seja responsabilizado pelos crimes que cometeu ao longo dos últimos quatro anos de governo.
Entre eles, discursos e práticas antidemocráticas e a opção por uma política negacionista e genocida no contexto da pandemia da covid-19, que afetou especialmente mulheres negras e periféricas. Por isso, gritam: "Sem anistia!"
Inicialmente, lideranças de movimentos sociais, políticos e sindicais fizeram uma saudação aos participantes, que se reuniam na Candelária, de onde a passeata saiu por volta das 18 horas, no sentido da Cinelândia - tradicional espaço de manifestações políticas no município.
Há faixas com palavras de ordem e muitos cartazes, além de um cordão de proteção para garantir a participação das crianças. Ao longo da passeata, placas foram simbolicamente afixadas nos letreiros das vias da Rio Branco, dando à avenida nomes de mulheres que marcaram as lutas feministas e da classe trabalhadora no Rio. As vítimas da covid-19 também foram homenageadas.
Comunidade universitária da UFF participa
Diretoras da Aduff e demais professoras, estudantes e técnica-administrativas da UFF participam do ato - o segundo realizado após a derrota do projeto de poder fascista nas urnas em 2022.
"Hoje é dia de lutar contra a misoginia, o racismo, o machismo" , disse Maria Cecília Castro - diretora da Aduff, professora das séries iniciais do Colégio Universitário Geraldo Reis - Coluni/UFF.
A professora Maria Onete Lopes Ferreira, do Instituto de Educação de Angra dos Reis e integrante do Conselho de Representantes da Aduff, também participou do ato e destacou a importância da data para as lutas históricas e imediatas das mulheres. "É mais um 8 de março nas ruas e de luta, no qual não temos muito o que comemorar, temos muito a lutar e conquistar. Estamos marchando por direitos, contra o fascismo, pela democracia e pelos direitos necessários para as lutas das mulheres", disse à reportagem da Aduff.
A professora aposentada Sonia Lucio, ex-presidente da Aduff, disse que o retorna às ruas, a partir dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, significa dizer ao governo Lula que as mulheres tiveram papel fundamental na derrota de um projeto que precisa ser rompido radicalmente.
Defendeu a legalização do direito ao aborto, o combate ao feminicídio e a revogação das 'reformas' que reduziram direitos trabalhistas e previdenciários. "Este governo precisa ter uma política contra a fome e enfrentar o bolsonarismo, sem anistia para as lideranças e financiadores do golpismo no país", disse.
Por Aline Pereira
Da Redação da Aduff