Dez
12
2022

Representantes de docentes, técnicos e estudantes convidam para atividade conjunta contra os cortes no dia 14

Aula Pública seguida de Assembleia Comunitária acontece a partir das 17h, no Bloco D (Gragoatá). O objetivo do evento é discutir os cortes no orçamento da Universidade, Institutos e Colégios federais, além do calendário de Luta Unificado.

Os dirigentes da Aduff, do Sintuff e do DCE convidam a comunidade acadêmica da UFF para a Aula Pública seguida de Assembleia Comunitária, no dia 14 de dezembro (quarta-feira), às 17h, no Pilotis do bloco D (Campus do Gragoatá).

O objetivo do evento é discutir os cortes no orçamento da Universidade, Institutos e Colégios federais, além do calendário de Luta Unificado.

Em 5 de dezembro, a Reitoria da UFF e demais instituições do Estado do Rio de Janeiro publicaram nota à comunidade, denunciando a situação orçamentária e repudiando os cortes promovidos pelo governo federal. Veja a íntegra aqui

Na nota, os reitores das instituições do Rio de Janeiro afirmam que em 2022, quando as universidades, institutos e colégios federais retomaram as atividades presenciais em sua totalidade, o orçamento já estava 30% menor do que o ano de 2019, ano anterior ao início da pandemia da covid-19. O novo corte promovido pelo governo Bolsonaro no início de dezembro terá um impacto negativo de R$50 milhões para o caso do Rio de Janeiro. 

"Tudo o que tinham de recursos em seu orçamento para empenhar foram bloqueados sem nenhum comunicado prévio. Além disso, nesta última sexta feira (02/12/2022), o governo avançou também em despesas que já haviam sido empenhadas e liquidadas, deixando as contas de várias dessas unidades de ensino, pesquisa e extensão no negativo. Os recursos orçamentários e financeiros seriam destinados aos pagamentos de todas as formas de auxílio estudantil, empresas de alimentação, limpeza, segurança e transporte, salários de terceirizados e demais despesas básicas de funcionamento, inviabilizando o Funcionamento das IFES neste final de ano", diz trecho do documento.

No caso da UFF, que é uma das maiores universidades do Brasil, a medida impacta cerca de 60 mil alunos em dez municípios, sobretudo quanto aos programas de assistência estudantil, que viabilizam a manutenção de parte dos estudos por meio de bolsas, alimentação e moradia para muitos discentes. De acordo com a administração central, os cortes ainda afetam à prestação de serviços que a instituição disponibiliza para a população por meio de projetos de pesquisa e extensão.  

De acordo com o "Caderno de Niterói" do Jornal "O Globo" de domingo 11, a UFF teve R$ 17 milhões bloqueados pelo Ministério da Educação, somente em 2022, ainda que se considere que a política de cortes de verbas na área deu o tom do governo Bolsonaro ao longo dos quatro anos em que esteve à frente da presidência do Brasil. Para ver a reportagem, clique aqui

Na mesma reportagem, Kate Lane de Paiva, presidente da Aduff, também condenou a política que asfixia financeiramente as Universidades, Colégios e Institutos federais. Segundo ela, que é professora do Colégio Universitário Geraldo Reis (Coluni), foi a primeira vez em toda a história da universidade que um corte aconteceu com o ano letivo em andamento, quando as despesas já haviam sido empenhadas e liquidadas.

Para Kate, o governo Bolsonaro aprofundou a crise na instituição, que vai para além das contas, pois envolve os trabalhadores que são funcionários terceirizados e os alunos que às vezes dependem exclusivamente da assistência estudantil. "Estão querendo sucatear para depois privatizar este serviço público. A vacina contra a Covid-19 é resultado de pesquisa. Estamos nos articulando com outras universidades, mas destaco que essa não pode ser uma luta apenas dos funcionários públicos. Deve ser de toda a sociedade", alegou.

Da Redação da ADUFF, com informações do jornal O Globo

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