Da Redação da Aduff
Reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na manhã desta quarta-feira, 17 de novembro de 2022, tem na pauta o polêmico projeto da Reitoria que transfere para a iniciativa privada áreas do campus da Praia Vermelha - o modelo está sendo chamado pela administração da instituição de "cessão do Equipamento Cultural Multiuso", dentro do Projeto de Valorização do Patrimônio.
A proposta vem sendo apontada como uma tentativa de privatizar aquela área pública da UFRJ, para supostamente encontrar fontes de recursos que substituam os sucessivos cortes orçamentários impostos pelo governo federal.
Manifestação contrária à medida está sendo convocada para ocorrer a partir das 9 horas, no Fundão - "Ocupa Consuni". A Reitora Denise Pires tentará realizar uma sessão fechada à comunidade universitária - na ocorrida na semana anterior, aberta à participação estudantil e de servidores, ela não conseguiu colocar a proposta em votação.
Usa para justificar a reunião fechada o aumento de casos de covid-19. A nota foi recebida com duras críticas por parte de setores contrários ao projeto. O comunicado não explica por que a sessão do Conselho Universitário (Consuni) não pode ser adiada para que ocorra num momento mais propício em termos de segurança sanitária.
O sindicato dos técnicos (Sintufrj), representações estudantis (DCE Mário-Prata e centros acadêmicos) e parte dos docentes se posicionaram contra o projeto e defendem um debate amplo e democrático sobre o futuro daquela área e o financiamento da universidade.
A Direção da Associação dos Docentes da UFF - Seção Sindical do Andes-SN (Aduff-SSind) se solidariza com o movimento "A UFRJ Não Está à Venda", apoia esta luta contra a privatização e reafirma a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
Uma área de 15 mil metros quadrados na Praia Vermelha seria cedida por 30 anos para o setor privado construir uma mega casa de shows. A ideia tem o apoio declarado do ministro da Economia, Paulo Guedes - principal ministro do presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições de outubro.
Da Redação da Aduff
Por Hélcio lourenço Filho
