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Out
31
2022

"Bolsonaro sai, democracia volta": ruas comemoram vitória de Lula e derrota da extrema-direita

Vitória de Lula e derrota de Bolsonaro foram comemoradas das ruas na noite de domingo (30)

Foi uma contagem tensa, num dia de votação marcado por denúncias de ações ilegais da Polícia Rodoviária Federal para dificultar o voto. Lula obteve maior votação da história do país e Bolsonaro é o primeiro presidente a não se reeleger 

"Bolsonaro sai, democracia volta", dizia um cartaz exposto por uma manifestante na Cinelândia, na noite do domingo, 30 de outubro de 2022, durante as comemorações pela vitória de Lula. 

O ex-líder sindical e metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela terceira vez presidente do Brasil. O petista, que liderou uma ampla frente democrática, venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), por uma diferença inferior a 2% dos votos válidos. 

Bolsonaro torna-se o primeiro presidente a não conseguir se reeleger desde que essa possibilidade foi instituída, para as eleições de 1998. Assembleia docente da Aduff aprovou apoio político da categoria ao candidato.   

A votação de Lula é a maior da história das eleições do país. Bolsonaro se manteve na frente da apuração, chegando a abrir quase dois pontos percentuais, até quase 68% dos votos apurados nacionalmente - quando o petista ultrapassou-o e não perdeu mais a liderança. Aos 77 anos, será o mais idoso ocupante do cargo na história. Será sua terceira passagem pelo governo, que liderou em dois mandatos (2003-2010).

A apuração foi tensa e em geral transcorreu sob silêncio. Somente às 19h55min, houve uma explosão de alegria dos partidários de Lula, quando matematicamente já não havia mais possibilidade de Bolsonaro superá-lo. Às 20h, o Tribunal Superior Eleitoral totalizava 98,90% dos votos apurados - Lula com 59,65 milhões de votos, contra 57,69 milhões de Bolsonaro.

Operações policiais

Ao longo do dia, a votação foi marcada por denúncias de operações irregulares da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e até das Forças Armadas, contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral , que as proibiu.

 

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