Pela recomposição do orçamento das universidades públicas, institutos e colégios federais, a UFF em Volta Redonda foi às ruas na terça-feira 18, dia nacional em defesa da Educação Pública.
Houve atos em todo o país, denunciando o descaso do governo Bolsonaro com investimentos no setor.
Durante o protesto - que partiu da Praça Juarez Antunes em direção à Praça Brasil - a comunidade da UFF em Volta Redonda denunciou o impacto da política de contingenciamento de verbas do governo federal para o funcionamento das universidades e promoção de políticas de assistência estudantil.
A manifestação também se posicionou pelo direito às liberdades democráticas e entoou o mote "Fora Bolsonaro" - considerado um dos piores presidentes da história do Brasil.
Segundo Luiz Otávio, estudante de Química na UFF, o ato foi importante e contou com a participação da UFF Vila, Aterrado, IF Campi de Volta Redonda e de Pinheiral. "Foi histórico, depois da pandemia, avançar com o movimento estudantil e estar nas ruas", afirmou o graduando.
Reação à censura
De acordo com publicações nas redes sociais do Centro Acadêmico de Psicologia (Capta), um aluno do curso de Direito da UFF em Volta Redonda - declaradamente apoiador do presidente da República - tentou retirar uma faixa do campus no Aterrado, há poucos dias, com a alegação de que política não se discute na instituição pública. A faixa, colocada pelo movimento estudantil como forma de protesto ao governo federal, traz os dizeres: "Fora Bolsonaro e Mourão".
Os estudantes reagiram à tentativa de intimidação, tomaram a faixa de volta e a penduraram novamente. "O local para se discutir política é em qualquer local em que nossa vida será afetada pela política - todos os espaços; a política está presente em todos os momentos da nossa vida e em tudo o que a gente faz", disse uma discente da UFF.
"Precisamos nos defender contra um governo que somente faz cortes na Educação", alegou.
Em seguida, os estudantes fizeram um jogral no campus e convocaram os colegas às ruas, para defender a democracia e a educação pública.
Segundo a postagem do Capta, desde 2018 setores dissonantes tentam "implantar medo e censura" nas universidades. Contudo, "representam cortes de verbas, miséria e fome", diz trecho da publicação.
Da Redação da ADUFF
Fotos: Redes sociais
