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Out
07
2022

Reação a novos cortes faz governo Bolsonaro prometer liberar recursos das universidades

Após reações e repercussão negativa, Bolsonaro promete recuar de mais cortes que poderiam até inviabilizar as universidades. Tema será debatido em assembleia na UFF, dia 11 de outubro, às 14h, na Faculdade de Economia (Gragoatá). 

Após a repercussão negativa e a mobilização de vários dirigentes, trabalhadores e estudantes de diversas instituições federais de ensino, o governo de Jair Bolsonaro disse que vai liberar os R$328 milhões que confiscou das universidades. O anúncio da medida foi feito nesta sexta-feira (7) pelo Ministro da Educação, Victor Godoy. Ministro, porém, já vinha negando que houvesse cortes apesar de previstos em decreto. Tampouco deu garantias de que recuo não tenha prazo de validade e seja revisto após eleições.

A notícia sobre o montante contingenciado veio à tona após a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) alertar que o corte financeiro bilionário, em nota. A entidade também afirmou que a atitude do governo inviabilizaria o funcionamento das universidades e institutos federais. 

Imediatamente, as instituições de ensino e os sindicatos se posicionaram contra o novo contingenciamento de recursos financeiros que afetaria o pagamento de serviços como limpeza, segurança, água e luz. Estudantes seriam duramente prejudicados pela suspensão de bolsas e ainda quanto ao fornecimento de refeições pelos restaurantes universitários (bandejão). 

Movimentos sociais e sindicais lembram ainda que o desbloqueio no orçamento ocorre em meio ao segundo turno da campanha eleitoral e que Jair Bolsonaro amargou o impacto negativo do confisco financeiro da Educação. O recuo parece responder à repercussão da medida na campanha do atual presidente -- talvez possa ser reeditada no dia 1º de novembro deste ano.

Trabalhadores e estudantes já se articulam para a realização de atos públicos e alertam que, se eleito, Bolsonaro pode mesmo se voltar de forma ainda mais agressiva contra a Educação - alvo da política de desmonte do atual presidente desde o primeiro ano de mandato. 

Assembleia vai debater os cortes que podem inviabilizar o funcionamento das universidades

Organizar a luta para deter a destruição da Universidade pública. É esse o objetivo da assembleia docente na UFF, a ser realizada presencialmente na terça-feira (11), a partir das 14h, no Auditório da Faculdade de Economia, Bloco F do campus do Gragoatá, em Niterói. O chamado da diretoria da Aduff-SSind integra um calendário de lutas que está sendo construído nacionalmente para barrar os novos cortes orçamentários na Educação promovidos pelo governo Bolsonaro e para garantir que esse governo inimigo dos serviços públicos não seja reconduzido ao poder.

Em pauta:1) Informes; 2) Confiscos orçamentários (mobilização, paralisação e indicativo de greve); 3) Posição da Aduff em relação ao segundo turno da eleição presidencial 

DA REDAÇÃO DA ADUFF 

 

 

 

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