Jun
07
2022

UFRJ rearticula movimento para impedir entrega de complexo hospitalar para Ebserh

Na segunda-feira (06), o Movimento Barrar a Ebserh na UFRJ realizou plenária com tema “Ebserh: a serviço de quem?”. Diretoria da Aduff-SSind esteve presente

Na segunda-feira (06), o Movimento Barrar a Ebserh na UFRJ realizou plenária com tema “Ebserh: a serviço de quem?”, que teve como objetivo articular a luta dentro e fora da Universidade contra a entrega do complexo hospitalar da UFRJ para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O encontro aconteceu no Centro de Ciências de Saúde (CCS), no Fundão, e contou com a participação da diretora da Aduff, Gelta Xavier.

Em dezembro de 2021, reunião do Conselho Universitário (Consuni) aprovou por maioria que a Administração Central da UFRJ iniciasse as negociações com a empresa pública de direito privada. A reunião é bastante questionada pela comunidade universitária da Universidade, que argumentou falta de discussão interna aprofundada sobre a questão antes da votação e pressa da Reitoria na condução da questão.

À época, integrantes do movimento estudantil e de técnicos-administrativos chegaram a declarar que o atropelo dos ritos do debate feria de morte o Regimento interno do Conselho Universitário e a democracia interna na Universidade. Para proceder com a votação antes do tempo regimental da reunião acabar, a Reitora Denise Pires interrompeu os debates com muitos conselheiros ainda inscritos para falar.

A Ebserh, empresa pública de direito privado e com fins lucrativos, está na lista de privatização de Paulo Guedes e é presidida pelo general bolsonarista Oswaldo de Jesus Ferreira. Criada em 2011 para supostamente gerir e administrar os hospitais universitários, ela agravou os problemas dos HU’s em que conseguiu entrar, não trouxe novos recursos orçamentários e consolidou a terceirização, a privatização, os ataques à autonomia universitária e o assédio moral aos trabalhadores dos hospitais.

De acordo com Gelta Xavier, o ato foi mobilizador e integra uma série de iniciativas contra os ataques ao Serviço Público e a privatização da saúde e educação. Ela destaca que as e os trabalhadores não podem abrir mão dessa pauta, que se vincula à pauta da Reforma Administrativa num projeto de privatização e de desmonte dos serviços públicos. 

“Convocamos todas e todos a ampliar a discussão e o enfrentamento contra a Ebserh. Do Hospital Universtário Antônio Pedro (HUAP) podemos contar a pior história a partir da Ebserh. Redução do atendimento a pacientes, eliminação de leitos, secundarização da pesquisa, extinção de cargos e funções dos funcionários. Esta é a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que, entrando nos Hospitais, destrói a história, os projetos, a vida das instituições/unidades de saúde, o ensino, pesquisa e extensão”, afirma.

A docente da também relembrou a reunião controversa do Conselho Universitário da UFF que aprovou a entrada da Ebserh no HUAP. O Hospital Universitário Antonio Pedro, da UFF, aderiu à Ebserh em 2016, numa reunião do Conselho Universitário realizada fora da universidade, fechada à comunidade universitária, e  sob bombas de gás e spray de pimentas.

Da Redação da Aduff

 

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