Mai
26
2022

Passe Livre | Estudantes da UFF vão às ruas por direito à passagem intermunicipal e universitária

A manifestação partiu do campus do Gragoatá em direção à Câmara Municipal de Niterói. Ato contou com apoio da Aduff. 

Estudantes protestam nas ruas de Niterói Estudantes protestam nas ruas de Niterói / Luiz Fernando Nabuco

Em protesto pelo direito ao passe livre universitário, estudantes da UFF marcharam em direção à Câmara Municipal de Niterói, na tarde de quinta-feira, 26. A manifestação conta com apoio da Aduff. 

Para Raiane, estudante de Direito da UFF em Macaé e militante do Movimento Correnteza, a luta pelo passe livre é uma reivindicação histórica dos estudantes e se faz ainda mais necessária em um contexto de crise econômica. 

"Temos pautado, em Niterói, um projeto de lei pelo passe livre municipal. Mas temos uma luta pelo passe livre intermunicipal que começou a ser discutido na Alerj, em 2018. No entanto, devido a um veto do Pezão, a medida não entrou em vigor. A luta é muito grande porque a maior parte dos discentes não reside na cidade em que estudam", disse Raiane, para quem a pandemia agravou ainda mais a situação financeira das famílias e dos alunos.   

De acordo com ela, é preciso pressionar o poder público para instituir o direito do passe livre intermunicipal e universitário. Brenda Pinguelli, aluna do curso de História na UFF, conta que a passagem está R$7,70. "A passagem está muito cara e muito absurda", disse.  

Segundo Talita Monteiro, também estudante do curso de História em Niterói, a campanha mostrou ainda mais sua relevância com a volta ao ensino presencial na instituição. "Está tudo absurdamente caro, há uma situação de insegurança alimentar agravada, a inflação segue nas alturas e o transporte público que só aumenta", explica a discente, que integra o centro acadêmico Ivan Mota Dias e o movimento Rua Juventude Anticapitalista, e a campanha UFF pelo passe livre.

Ela conta que é de Nova Iguaçu, mas que mudou-se para Niterói para cursar a graduação. "Se eu voltasse para casa todos os dias, gastaria mais de R$700 por mês de passagem e isso é inimaginável", avalia.

Segundo Talita, há estudantes que, devido a situação financeira e o alto custo da passagem, escolhem quais dias poderão frequentar o curso. "Muitos não tem segurança se continuarão período que vem na Universidade... Eles não aproveitam a experiência da universidade pública por inteiro. Além disso, a UFF é uma das instituições mais interiorizadas do estado do Rio, e tem pouquíssimas bolsas de auxílio transporte e permanência. É por mais condições de permanecer na universidade e usufruir dela que a gente luta", considera. 

AUDIÊNCIA CANCELADA 

A audiência pública para tratar do tema, que estava agendada para acontecer na noite desta quinta-feira no bloco P,  foi cancelada. Nova data será divulgada em breve pelo movimento estudantil. 

Da Redação da ADUFF
Por ALine Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco

Estudantes protestam nas ruas de Niterói Estudantes protestam nas ruas de Niterói / Luiz Fernando Nabuco