Mai
24
2022

Diretor da Aduff diz que PEC 206 fere a gratuidade e a universidade do serviço público

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a diretoria do Andes-SN comenta a gravidade da proposta, que pode levar à privatização da Universidade.

O Andes-SN e a Aduff reagiram negativamente à notícia de que a PEC 206/2019, que institui a cobrança de mensalidade em universidades públicas em todos os âmbitos no Brasil, seria apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (24). 

A proposta é de autoria do deputado General Peternelli (ex- PSL e atual União-SP) e tem relatoria de Kim Kataguiri (União-SP), atual presidente atual da Comissão de Educação da Câmara.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a diretoria do Andes-SN comenta a gravidade da proposta, que pode levar à privatização da Universidade, afastando os estudantes mais vulneráveis das instituições públicas. "Há diversas tentativas históricas desses tipo de cobrança, atacando um dos pilares da educação pública brasileira, das universidades públicas, que é a sua gratuidade, que garante com que filhos e filhas da classe trabalhadora possam adentrar a Universidade, e que cumpre um papel do direito amplo à educação brasileira", disse o Mario Mariano, da Coordenação do Grupo de Política Educacional do Andes-SN e 1º Vice Presidente da Regional Leste do do Sindicato Nacional.

Para Percival Tavares, diretor da Aduff-SSind, a PEC 206/2019 é um ato criminoso contra toda a sociedade brasileira. "É um tiro certeiro no coração na gratuidade e na universidade do serviço público", disse. 

Segundo o docente aposentado da Faculdade de Educação da UFF em Niterói, a dita PEC não considera as dificuldades pelas quais passam os estudantes das instituições, que carência de política de assistência e de permanência. "Estudantes estão com dificuldades para se manter na Universidade após a pandemia, porque não têm dinheiro nem para a passagem; imagina a evasão estudantil se tiverem que pagar", indaga.

De acordo com o diretor da Aduff, a proposta é elitizante e objetiva impedir que as classes populares, sobretudo, pobres, os negros pobres, as mulheres em tripa jornada de trabalho, tenham acesso à Universidade Pública e Gratuita. "É fechar as portas para o povo para beneficiar parcela da elite", disse o docente.

Da Redação da ADUFF | 
Aline Pereira, com informações do Andes-SN

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