O governo de Jair Bolsonaro decretou sigilo sobre encontros fora da agenda oficial entre o presidente e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que são suspeitos de pedirem propina para liberar recursos do Ministério da Educação para prefeituras e atualmente investigados pela Polícia Federal. A decisão ocorreu após o jornal O Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação, ter solicitado acesso aos registros de entrada e saída dos religiosos no Palácio do Planalto.
Em meio aos altos indíces de desemprego, de inflação alta e carestia dos alimentos, do gás e da gasolina, o governo de Bolsonaro é protagonista de inúmeras denúncias de corrupção. Uma das mais recentes, além da compra de viagra e próteses penianas superfaturadas pelo Exército brasileiro, envolve o Ministério da Educação - o terceiro maior orçamento do governo federal, estimado em R$ 159 bilhões.
Depois de um ano e oito meses à frente da pasta, o pastor e Ministro Milton Ribeiro foi exonerado ao ter o nome associado a um suposto “gabinete paralelo”. Comandado por pastores evangélicos, a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação às prefeituras estaria condicionada ao pagamento de propinas, conforme as reportagens recentemente publicadas, em março deste ano, pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A imprensa também noticiou amplamente o vazamento de áudio do Ministro Milton Ribeiro pelo o qual dizia seguir as ordens do presidente Bolsonaro em beneficiar aliados políticos da atual gestão.
Atualmente, a pasta tem à frente Victor Godoy, que exerceu função de secretário-executivo do MEC, como o ministro interino da Educação.
Da Redação da ADUFF
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