Abr
09
2022

Com mote “Bolsonaro Nunca Mais”, ato percorreu ruas do centro do Rio neste sábado, 9 de abril

Manifestações ocorreram em mais de 56 cidades brasileiras em todas as regiões do país; no Rio, ato se concentrou na Candelária e foi em marcha até a Cinelândia. Aduff e Andes-SN estiveram presentes

Com mote “Bolsonaro Nunca Mais”, ato percorreu ruas do centro do Rio neste sábado, 9 de abril / Luiz Fernando Nabuco

O professor Rodrigo Torquato e suas duas filhas Marina e Mariana com a bandeira da Aduff-SSind no ato deste sábado, no centro do Rio (09/04/2022)

 

“Não tem emprego, tá tudo caro. Povo na rua é Fora Bolsonaro!” Movimentos sociais, populares, sindicais e estudantis ocuparam as ruas mais uma vez neste sábado, 9 de abril, para mais um ato da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, o primeiro unificado de 2022. Com mote “Bolsonaro Nunca Mais”, as e os manifestantes cantaram palavras de ordem e levaram cartazes e faixas contra o governo de Jair Bolsonaro e Mourão, que lucra com a miséria do povo e retira dinheiro dos serviços públicos para entregar para seus aliados corruptos.

A manifestação criticou o aumento no preço do gás, do combustível e dos alimentos e destacou que a elevação exponencial da inflação (a maior dos últimos 28 anos) faz parte de uma política de morte implementada pelo governo -  o mesmo que tentou lucrar com a compra de vacinas da covid-19 e que desviou verbas do Ministério da Educação (MEC) para as mãos de pastores de sua base de sustentação.

Bolsonaro, lembraram as mulheres presentes na manifestação, foi o presidente que mais implementou cortes nas políticas de combate à violência contra a mulher. Em faixas e cartazes, elas também pediam “Fora Gabriel Monteiro”, vereador bolsonarista carioca que constrói uma política de ódio na cidade e que agora é acusado de assédio sexual, estupro e de gravar um vídeo de sexo com uma adolescente.

Nas ruas neste sábado ensolarado, as e os manifestantes frisaram que querem enterrar o bolsonarismo e o ódio que eles carregam num buraco bem fundo – “não seremos arrastados juntos com eles, nem deixaremos eles arrastarem nosso país e nosso povo para a lama”, frizou uma estudante da UFRJ, no carro de som.

Enquanto o custo de vida aumenta vertiginosamente nas cidades brasileiras, o salário de quem está empregado é corroído pela inflação. A marcha também saudou a luta dos garis da cidade, que construíram uma greve no início do mês para reivindicar melhores condições de trabalho e recomposição salarial (as e os trabalhadores estavam sem reajuste há 3 anos). Também criticaram as condições do transporte público na cidade, que conta com uma frota precária e cada vez mais reduzida. Vale ressaltar que o metrô do Rio de Janeiro custa R$6,50, é o bilhete mais caro do país.

Presente na manifestação, a professora da UFF e integrante da diretoria da Aduff, Elizandra Garcia ressaltou que a construção e a participação nas manifestações deste sábado (09) integra o calendário de lutas aprovado pela categoria docente no Congresso do Andes-Sindicato Nacional, realizado presencialmente entre os dias 27 de março e 1° de abril, em Porto Alegre (RS) para enfrentar uma conjuntura de sérios ataques à classe trabalhadora, não só em nosso país, mas em todo o mundo.

“Nossa pauta número um e mais urgente é derrubar Bolsonaro. Mas construímos e votamos no Congresso do Andes um calendário de lutas para todo o ano de 2022. Um dos pontos de pauta é o reajuste salarial dos servidores públicos federais, que está com uma defasagem que gira em torno dos 20%, e a luta por orçamento público para os serviços públicos, no nosso caso mais específico da educação pública. Com o retorno às aulas presenciais, já começamos a testemunhar e sentir na pele as consequências dos últimos cortes orçamentários na UFF. Essa semana, um ventilador pegou fogo em plena sala de aula e a gente não conseguia apagar porque não tinha extintor de incêndio. Esse é só um exemplo de como a pauta é extensa e ampla na superação desse período de tantos retrocessos", frizou a docente. 

Da Redação da Aduff, por Lara Abib

 

Com mote “Bolsonaro Nunca Mais”, ato percorreu ruas do centro do Rio neste sábado, 9 de abril / Luiz Fernando Nabuco

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